A época de 2021/2022 terminou para o Futsal Clube de Azeméis após as derrotas nos dois jogos contra o Sporting CP nos quartos de final da Liga Placard (por 3-0 no primeiro jogo e 1-0 no segundo jogo), e o concelho de Oliveira de Azeméis poderá perder representatividade na principal liga de futsal do país já na próxima época com a não participação do Futsal Clube de Azeméis na Liga Placard. Este cenário é colocado pelo presidente do clube oliveirense, Marco Silva, em declarações ao Azeméis.Net.
“A próxima época é ainda uma grande incógnita. Há vários cenários em cima da mesa, e um deles é o de não participarmos na próxima época na Liga Placard”, afirma Marco Silva ao Azeméis.Net. A data limite para a inscrição do clube para a participação da Liga Placard na próxima época é até ao final deste mês de junho. “Se até esse momento não conseguirmos reunir mais apoio do que aquilo que temos não vamos inscrever. Nem vale a pena. Não vale a pena estar a queimar dinheiro”, acrescenta.
O orçamento do clube para a última época, de 2021/2022, foi de 200 mil euros. Neste momento, este valor não está assegurado o que deixa a estrutura diretiva apreensiva. “Há clubes da segunda divisão com orçamentos maiores do que este, e houve clubes que desceram esta época da Liga Placard com orçamentos bem superiores ao nosso. Um clube que queira lutar pelo acesso aos play-offs’s da competição, onde conseguimos estar, tem normalmente um orçamento de 500 mil euros. E grande parte dos clubes que estão nesta fase tem um grande apoio das respetivas autarquias”, revela Marco Silva.
O (agora) ex-treinador Ricardo Canavarro já tinha avisado para o possível de cenário de desistência do Futsal Cluve de Azeméis da Liga Placard no final do ano passado em reuniões mantidas com o executivo camarário. Como não houve qualquer tipo de avanço e de resposta por parte da autarquia, o técnico decidiu colocar um ponto final na sua ligação ao Futsal Clube de Azeméis, dirigindo criticas ao poder político.
Aquilo que era apenas hipotético começa a ganhar contornos de realidade. O presidente Marco Silva pede um maior envolvimento da autarquia com o clube. “Os 25 mil euros de apoio que a autarquia nos dá é manifestamente pouco, quando comparado com a realidade de outros clubes. Pretendíamos que a autarquia apoiasse o nosso clube abrindo portas em algumas empresas, por exemplo”, conclui.
