Foi inaugurada na segunda-feira, dia 19 de dezembro a escultura do “Vidreiro”, uma obra de Albano Ruela, que se junta ao “Almocreve”, do mesmo autor, criando um espaço na Praça da Cidade dedicado a duas figuras identitárias de Oliveira de Azeméis.
Esta nova obra de arte tem como objectivo qualificar o espaço urbano da cidade, da mesma forma que acrescenta uma nova narrativa assente na história do concelho.
Na cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, referiu que “é de louvar o extraordinário aproveitamento de materiais em fim de vida que ganham uma nova funcionalidade em favor da arte, da mesma maneira que se distingue a história e a identidade da nossa terra representada de forma absolutamente criativa neste modelo de arte urbana que ocupa um lugar cada vez mais especial na vida dos territórios”.
+ Ver galeria:
Acrescentoiu ainda que “a Câmara Municipal tem trabalhado vivamente para recuperar e colocar em lugar de destaque a nossa história coletiva ligada à tradição vidreira, primeiro com a requalificação do Centro Interpretativo do Vidro, depois com o lançamento a concurso do projeto de requalificação do Sindicato dos Vidreiros do Norte e futuramente, com a possível inscrição da arte vidreira na lista do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO”.
O autor, Albano Ruela referiu que “o vidreiro representa uma peça escultórica onde nada foi colocado ao acaso e, na qual, cada peça representa com significado a história do vidro, que pode ser conhecida através de um testemunho na primeira pessoa com a visita ao Berço Vidreiro, espaço onde o mestre Alfredo Morgado apresenta diariamente aos oliveirenses e aos visitantes uma oficina viva de fabrico do vidro”.
Há uma peça vermelha que se destaca na escultura. Está no lugar do coração, é um simbolismo que o autor encontrou para dar destaque ao amor que os vidreiros sentiam pela arte.