O ministro da Economia Costa Silva referiu que na abertura do XI Congresso da Indústria de Moldes, a decorrer pela primeira vez na cidade de Oliveira de Azeméis, a necessidade de se mudar o paradigma de financiamento, que “está muito dependente do sistema bancário”, justificando que, muitas vezes, a banca comercial “não está disponível para apoiar os projetos das empresas a médio e longo prazo“.
Dados estes obstáculos, o Governo está a desenvolver, anunciou o governante, todas as condições para que o Banco Português de Fomento (BPF) seja um “grande banco promocional do Estado português”, e que tenha acesso ao mercado de garantias e ao mercado de equities do investEU e seja “um parceiro a tempo inteiro” das instituições europeias.
“A função do Estado é criar todas as condições para a capitalização funcionar, porque isso é um dos grandes óbices que tem obstaculizado ao desenvolvimento económico do país”, afirmou o ministro da Economia, adiantando que o nível de capital por trabalhador, nas empresas portuguesas, é “dos mais baixos” da União Europeia.
Costa e Silva anunciou ainda que no Fundo de Capitalização e Resiliência, que nesta altura ascende a 1.300 milhões de euros e que está a ser gerido pelo Banco de Fomento, cerca de 533 milhões já estão alocados a projetos que se vão desenvolver e estão contratados cerca de 333 milhões de euros.