O Centro Interpretativo Ferreira de Castro corre o risco de ser um projeto que não passará do papel. Isto porque o Centro de Estudos Ferreira de Castro mantém um braço de ferro com a autarquia. Carlos Castro, presidente da associação, começou por mostrar-se contra o projeto da autarquia ao iniciar uma petição pública por considerar que o projeto apresentado pela autarquia vai contra a vontade de Ferreira de Castro em manter a ruralidade da sua casa aquando da doação do terreno ao município. A petição já conta com mais de 500 assinaturas, entre as quais a da ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima. O tema foi também levado à última reunião da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis, e Luís Filipe Oliveira, um dos membros da bancada do PS, assinou recentemente um artigo de opinião na imprensa regional onde recomenda cautela no avanço para a construção.
O momento é de urgência, até porque poderá surgir, entretanto, o caso de se perder os fundos comunitários através do Programa de Desenvolvimento rural para a construção do Centro Interpretativo Ferreira de Castro, tal como noticiámos aqui há três semanas. E recentemente o presidente do Centro de Estudos Ferreira de Castro, Carlos Castro, deixou no ar a certeza que caso a autarquia avance para a obra, esta poderá parar algum tempo depois. “Esperamos não ter de recorrer à providência cautelar”, afirmou a um diário nacional.
Agora sabe-se também que para além do Centro de Estudos, também a filha do escritor, Elsa Ferreira de Castro, escreveu ao presidente da autarquia, a manifestar a sua preocupação caso a memória do pai. Joaquim Jorge tem vontade em explicar o projeto à filha do maior escritor oliveirense, e garantir que a quinta não será destruída.
Será após esta explicação à filha do escritor que a autarquia irá decidir. Entretanto, Joaquim Jorge já garantiu que se a vontade dos familiares não for esta, a obra não será realizada. O edil oliveirense tem como principio que a filha do escritor saberá melhor se a memória do pai está a ser violentada.
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As soluções apresentadas pelo Centro de Estudos Ferreira de Castro.
Como alternativa ao projeto apresentado, o Centro de Estudos Ferreira de Castro sugere que a solução ideal seria construir o Centro Interpretativo fora da propriedade, num terreno comprado pela autarquia, proposta que terá sido declinada. A outra hipótese apresentada é a construção do espaço, o mais longe possível da casa.