A fábrica de Ovar da Toyota Portugal vai produzir os 250 Microcarro 6e Accessible People Mover (APM) que vão apoiar o transporte de pessoas com mobilidade reduzida nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Este veículo de mobilidade elétrica inclusiva vai transportar atletas, organizadores, voluntários e espetadores com deficiência ou com dificuldades de mobilidade, pequenas mercadorias, e há até uma versão criada especialmente para funcionar como veículo de assistência médica.
Ao todo, em Paris, vão circular 250 APM, em diversas instalações, incluindo locais onde serão realizados eventos ou competições e outros locais oficiais, como a aldeia olímpica dos atletas. Estas unidades juntam-se aos autocarros Caetano Bus com pilha de combustível a hidrogénio, que o grupo Salvador Caetano também produz em Portugal. O início da produção de veículos APM está previsto para fevereiro de 2024.
Relativamente ao novo veículo que será produzido na fábrica, José Ramos, presidente da Toyota Portugal, disse que este projeto tem um alcance muito maior do que os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, adiantando que se trata de “um carro fabricado em Portugal com novas tecnologias com novos princípios e que vai permitir que tenhamos outros desejos, outros projetos”.
Na mesma ocasião, o primeiro-ministro, António Costa, disse que o novo veículo que vai começar a ser produzido na fábrica vai ser emblemático, porque vai ser o veiculo oficial dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos e, por isso, “vai ser uma imagem de marca para a Toyota e um grande sinal de confiança que a Toyota tem naquilo que é a sua fábrica em Ovar”.
“Espero que seja um primeiro passo para que em Ovar venha a ser local de produção em grande escala deste veiculo para toda a Europa”, afirmou o governante.
Investimento empresarial em Portugal deve bater novo recorde
Um “exemplo” daquilo que a economia portuguesa tem vindo a fazer – “capacidade de atrair investimento estrangeiro e de produzir bens com cada vez maior valor acrescentado”. Lembrando que este é já o 12.º veículo que vai arrancar a produção nas oficinas de Ovar, António Costa apontou a parceria entre a Salvador Caetano e a Toyota – que começou em 1968, com a primeira fábrica da marca japonesa na Europa – como um exemplo da capacidade de o país atrair investimento estrangeiro e de maior valor acrescentado”, porque “só assim podemos gerar mais valor, emprego mais qualificado e emprego mais bem remunerado”.
Um “exemplo que simboliza bem a trajetória que a economia portuguesa tem podido fazer nos últimos anos”, sublinhou o primeiro-ministro. “Tivemos em 2022 um ano de recorde de investimento empresarial no nosso país, no primeiro semestre de 2023 já estávamos acima do primeiro semestre de 2022. Por isso, provavelmente, em 2023 devemos ter fixado um novo máximo de investimento empresarial na nossa economia”, avançou António Costa, destacando também que pela primeira vez na história do país as exportações representaram mais de 50% do PIB.