A Universidade de Aveiro (UA) foi autorizada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) a abrir um mestrado integrado em Medicina, depois de uma primeira candidatura ter sido recusada, informou hoje fonte da academia.
“O Conselho de Administração da A3ES informou hoje que a proposta da Universidade de Aveiro (UA) para um Mestrado Integrado em Medicina foi aprovada”, refere uma nota da UA.
Esta decisão surge depois de no passado a A3ES ter recusado a candidatura da UA para o mestrado integrado de Medicina.
De acordo com a mesma nota, a atual proposta envolve ensino na UA e orientação tutorial clínica em três Unidades Locais de Saúde (ULS), designadamente a ULS Região de Aveiro, a ULS Entre-Douro-e-Vouga e a ULS Gaia/Espinho, no âmbito do Centro Académico Clínico Egas Moniz Health Alliance.
Segundo o relatório da Comissão de Avaliação Externa (CAE), citado pela UA, “a missão, a visão e os objetivos do mestrado integrado em Medicina estão claramente definidos e assentam num programa moderno estruturado em torno de um currículo em espiral centrado no aluno”.
A CAE considera ainda que o programa “está alinhado com os resultados de aprendizagem pretendidos e é adequado à aquisição de competências exigidas para um médico”, observando que “a lista de tutores (já comprometidos) nos estágios de orientação tutorial clínica é impressionante”.
Quanto à investigação, a CAE considera que “o programa é apoiado pela evidência de múltiplos projetos e atividades de investigação ativa (nacionais e internacionais) em curso nas áreas das ciências médicas e clínicas na UA e no Centro Académico Clínico”.
Finalmente, a CAE considera também que “as infraestruturas físicas e os equipamentos disponíveis na UA são adequados para suportar as unidades curriculares”.
A Câmara de Aveiro também já anunciou que irá apoiar os futuros alunos deste curso, no âmbito de um protocolo celebrado com a UA.
Além de disponibilizar equipamentos municipais, nomeadamente a biblioteca, com o intuito de assegurar locais de estudo, com acesso a computadores e ligação à Internet, a autarquia irá criar um circuito viário de autocarro ou ajustamento dos circuitos existentes, que permitam a deslocação dos docentes e estudantes entre a UA e os seus locais de estágio clínico.
O protocolo de cooperação tem a duração de 10 anos, sendo automaticamente renovado por iguais períodos.