O assunto sobre o último aumento dos tarifários na fatura da água continua na ordem do dia. Por parte da população oliveirense, mas também nas reuniões de executivo camarário. Este tema preencheu uma boa parte das mais de cinco horas da reunião pública de executivo camarário no dia 30 de abril.
E foi nesta reunião que Joaquim Jorge assumiu a responsabilidade do executivo camarário que dirige pelo última aumento da fatura da água na ordem dos 9,4% resultado do aditamento ao contrato de concessão, vincando o facto de não ter responsabilidade sobre a decisão do aumento da totalidade do aumento de 30% da factura da água que começara a ter reflexo em janeiro deste ano.
Pode ouvir as declarações do presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis clicando na tecla play do vídeo que se segue:
O líder do executivo camarário ainda assumiu o aumento da taxa dos resíduos sólidos. “Aditamento da responsabilidade do atual executivo, aumento dos resíduos sólidos urbanos da responsabilidade do atual executivo, aumento do tarifário de janeiro da responsabilidade do contrato assinado em 2016 e do acordo assinado antes deste executivo ter entrado em funções”, resume.
PSD critica que preço das obras seja pago pelos oliveirenses através da fatura da água
Quando falou sobre o aditamento ao contrato de concessão que provocou o aumento de 9,4% nas factura da água, Joaquim Jorge sublinhou que neste negócio está incluido 4 milhões de euros de redução de lucro da concessionária (a Indáqua) e ainda um investimento de 4,3 milhões de euros que permitem resolver o problema do saneamento em cinco freguesias do concelho. Por exemplo, a freguesia de Nogueira do Cravo passará de uma percentagem de 24% de rede saneamento para 84% no futuro.
Ricardo Tavares, líder do grupo de vereadores do PSD, criticou a opção do executivo camarário em transferir para os munícipes o pagamento do tratamento das águas residuais e do investimento nas obras de saneamento, contrariando assim tudo o que o atual presidente da Câmara dizia quando estava na oposição.
“O senhor presidente agora contratou no valor de 4,3 milhões de euros obras para serem pagas pelos munícipes por via de atualização do tarifário de 9,4%. Não resulta do contrato de concessão, da formas de atualização de tarifário para os 30 anos e isso contraria tudo o que disse no passado, quando defendia que a obra deveria ser feira por financiamento comunitário ou recurso ao Orçamento Municipal”, contestou o líder da vereação social-democrata.
Durante a discussão sobre o tema, Joaquim Jorge confirmou que o aumento em causa foi transferido para a fatura da água e não para o orçamento municipal uma vez que neste momento não há concursos para candidaturas a fundos comunitários e o valor a ser investido pela autarquia seria incomportável. Ricardo Tavares, do PSD, adiantou
Recorde-se que a autarquia decidiu recentemente diminuir a taxa de saneamento na fatura numa política de apoio às famílias oliveirenses.