Oliveira de Azeméis,
Nasci, cresci, vivi, fui feliz, fui triste, acompanho de longe.
Já estive de perto mais longe e já estou longe mais de perto.
Não vou ser esquecida, porque não me deixo esquecer e escrevo simplesmente para agradecer.
Nesta fase em que a maldade e a mentalidade pode variar. Estarei em Ul, quando para mim tudo terminar.
Sempre na minha busca da estabilidade, aqui o calor, faz-me bem. O acompanhar e o saber de vocês,
nunca é para mal, só para bem.
Assim, aqui escrevo depois de aberta a oportunidade de escrever este texto, pensei que seria bom, dar o
meu testemunho no sentido de um pensamento que sempre tive, alargar pensamentos é positivo, dizer
o que se pensa, sugerindo formas de resolver, também acho positivo. Gosto também e porque nos meus
quarenta e três anos ainda não conheço bem Portugal, de vos dizer que o que separa o muito do nada é
pouco.
O queixume de uma má vida em Oliveira de Azeméis será talvez a falta de análise de outras zonas do país
onde ainda existe maiores faltas e a pobreza existe muito mais do que parece. Na minha vida, quero
sempre viver passo a passo. O “arranque” para um texto, é o pouco que tenho. Que chegue ao peito de
quem for ler e se estenda como uma corrente, em que cada um faça a sua parte, nem que seja para si
mesmo. Porque há energias perdidas que observo em Oliveira de Azeméis se canalizadas num remar de
melhorar, o que não avança, vai começar avançar. Nomeadamente, esta ação de ouvir/ler, que aceitei
escrever e desejo fazer-me entender.
Espero ter mais oportunidades como esta. Espero voltar. Espero visitar. Espero…
…não desesperar!
Para todos sem excepção, cumprimentos,
Maria João Marques.