Domingo, 28 de Abril de 2024
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Lucro da Corticeira Amorim fatura menos, mas sobe lucro em 4,4% até setembro para 67 milhões de euros

> Empresa com sede em Mozelos, concelho de Santa Maria da Feira, adianta que Conselho de Administração irá propor a distribuição parcial de reservas distribuíveis de 0,09 euros por ação na assembleia-geral de acionistas agendada para 4 de dezembro.

O lucro da Corticeira Amorim aumentou 4,4%, para 67,0 milhões de euros, nos primeiros nove meses deste ano face ao mesmo período de 2022, apesar da quebra de 3,4% nas vendas, divulgou esta semana a empresa com sede em Mozelos, concelho de Santa Maria da Feira.

“Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou os primeiros nove meses de 2023 com um resultado líquido de 67,0 milhões de euros, um aumento de 4,4% face ao período homólogo”, lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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No período em causa, as vendas recuaram 3,4% em termos homólogos, para 763,2 milhões de euros.

Segundo a empresa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, “a redução dos níveis de atividade, em particular na Unidade de Negócios (UN) Revestimentos, foi a principal causa” da descida da faturação, “ainda que as melhorias do ‘mix’ de produto e a subida de preços tenham compensado parcialmente esse efeito”.

A penalizar as vendas consolidadas até setembro esteve também a evolução cambial, particularmente na UN Rolhas.

Excluindo este efeito, as vendas consolidadas teriam caído 2,4% e as vendas da UN Rolhas – que aumentaram 1,7% e representaram 78% da faturação consolidada no período – teriam subido 2,9%.

A Corticeira Amorim adianta que o Conselho de Administração irá propor a distribuição parcial de reservas distribuíveis de 0,09 euros por ação na assembleia-geral de acionistas agendada para 4 de dezembro.

Segundo a Corticeira, no acumulado até setembro, o EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) consolidado subiu 6,6% em termos homólogos, atingindo os 139,8 milhões de euros, e a margem EBITDA subiu de 16,6% para 18,3%.

Conforme explica, “os resultados operacionais beneficiaram essencialmente de um ‘mix’ de produto mais favorável e das poupanças significativas ao nível dos custos operacionais, nomeadamente decorrentes da redução dos preços de energia e transportes, apesar do aumento do preço de consumo da cortiça”.

No final de setembro, a dívida remunerada líquida da Corticeira Amorim cifrava-se em 204,5 milhões de euros, um aumento de 75,5 milhões face aos 129,0 milhões do final de 2022 que “reflete um acréscimo das necessidades de fundo de maneio (95,8 milhões de euros), o pagamento de dividendos (26,6 milhões) e o aumento do investimento em ativo fixo (65,0 milhões)”.

Analisando o desempenho das várias unidades de negócio, a Corticeira Amorim detalha que, de janeiro a setembro, as vendas da UN Rolhas totalizaram 594,0 milhões de euros (+1,7% face ao período homólogo), refletindo a melhoria do ‘mix’ de produto e a subida de preços.

O EBITDA desta UN subiu para 121,8 milhões de euros (+19,3% face ao período homólogo) e a margem EBITDA para 20,5% (17,5% até setembro de 2022), “beneficiando do ‘mix’ de produtos mais favorável, de menores custos de energia e transportes, bem como do maior rendimento de trituração”.

No período, as vendas e o EBITDA das UN Matérias-Primas e Rolhas totalizaram 603,6 milhões de euros (+1,7%) e 130,7 milhões de euros (+11,1%) respetivamente, e a margem EBITDA subiu para 21,7% (19,8% até setembro de 2022).

Já a UN Revestimentos viu as vendas contraírem-se em 33,4%, para 70,6 milhões de euros, com a “forte desaceleração da atividade, decorrente da conjuntura muito adversa, particularmente nos segmentos de retalho e residencial”, a impactar a “generalidade dos mercados e linhas de produtos”.

O EBITDA desta UN caiu para -5,2 milhões de euros, face aos -300 mil euros do período homólogo, “evidenciando o impacto negativo da desalavancagem operacional”.

Quanto à UN Aglomerados Compósitos, apresentou vendas de 86,8 milhões de euros (-7,8% em termos homólogos), refletindo “essencialmente a redução de volumes, particularmente nos segmentos de menor valor acrescentado”.

De acordo com a Corticeira, o EBITDA desta UN cifrou-se em 17,6 milhões de euros e a margem EBITDA subiu para 20,2%, acima dos 16,2% do período homólogo.

Relativamente às vendas da UN Isolamentos, mantiveram uma “evolução positiva” e aumentaram 19,4% face ao período homólogo, “impulsionadas pela melhoria do ‘mix’ de produto e pelo aumento de preços”.

No entanto – lê-se no comunicado – a subida dos preços de consumo de cortiça, única matéria-prima utilizada por esta UN, e a redução dos níveis de atividade, penalizaram os resultados operacionais”, tendo o EBITDA atingido -800 mil euros, face aos 1,0 milhões de euros positivos do mesmo período de 2022.

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