No inverno as infeções respiratórias são muito frequentes. Contrariamente à crença comum, não são causadas pelo frio, “correntes de ar” ou mudanças de temperatura! Devem-se predominantemente a vírus, mais presentes no ar nesta época do ano. Transmitem-se facilmente por gotículas de espirros e tosse, e contato direto com muco nasal ou expetoração de infetados, surgindo os sintomas alguns dias depois.
As infeções mais diagnosticadas são constipação e gripe. Bronquite e pneumonia são menos comuns, afetam mais indivíduos de risco – idosos e pessoas com doenças crónicas, sobretudo se não controladas – e são as principais complicações de gripe.
A constipação é a doença prevalente. Manifesta-se por muco nasal, dor de garganta e tosse. Febre baixa, dor de cabeça e cansaço podem ocorrer.
A gripe é menos frequente, mas os sintomas mais intensos e maior o potencial de complicações. Febre elevada vários dias; cansaço, dores de cabeça, musculares e articulares intensas; perda de apetite e tosse seca são típicos.
Ambas resolvem, na maioria dos casos, com tratamento sintomático – lavagem nasal, paracetamol e/ou ibuprofeno –, ingestão de líquidos e repouso. Contudo, em caso de febre persistente (superior a 5 dias), dor no peito, respiração ruidosa ou falta de ar, deve ser consultado o médico.
Mas, prevenir é melhor que remediar! Para diminuir a transmissão destas doenças devemos: evitar contato próximo – apertos de mão/beijos/abraços – e permanência em locais fechados e não arejados; usar máscara de proteção, se indisponível, espirrar e tossir para a parte interna do cotovelo; e assoar o nariz com lenços de papel, descartá-los após cada utilização e proceder à lavagem ou desinfeção das mãos em seguida, a qual se deve repetir regularmente.
As pessoas idosas e/ou com doenças crónicas devem vacinar-se anualmente contra a gripe.
Por fim, quanto melhor o estado de saúde da pessoa, menor a probabilidade de doença grave e complicações, pelo que é aconselhada vigilância médica regular.