Após notícia onde referíamos que Joaquim Jorge seria vacinado na próxima semana, com base nas declarações da ministra da Saúde, Marta Temido, que anunciou na semana passada alguns pormenores sobre a segunda fase do plano de vacinação que inclui autarcas e deputados; e também com as declarações proferidas pelo edil oliveirense numa pequena entrevista solicitada pelo Azeméis.Net em que questionávamos se o representante máximo da autarquia estava expectante sobre a vacina, e qual a sua opinião sobre o tema, recebemos o seguinte esclarecimento do presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis que publicamos na íntegra:
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A pandemia Covid 19 é um fenómeno de gravidade extrema que nos deve obrigar a todos a ser rigorosos e a cumprir princípios e normas impostas pelo bom senso e pelas autoridades de saúde. As vidas perdidas, as doenças dolorosas de consequências imprevisíveis, os danos provocados de âmbito socioeconómico, os malefícios na vida social, cultural, religiosa, empresarial e política são catastróficos.
Nesta perspetiva, elaborar uma notícia, como faz o AZEMEIS.NET, com o título “Joaquim Jorge será vacinado contra a covid 19 na próxima semana” é uma leviana especulação e uma irresponsabilidade, imprópria da gravidade dos tempos que vivemos. Se se quer dizer, como tudo indica, que Joaquim Jorge é privilegiado por ser vacinado antes de muitos outros cidadãos, é apenas uma provocação de caráter político.
Vejamos os factos:
- Nas respostas que dei por escrito a uma curta entrevista solicitada pelo AZEMEIS.NET nunca digo que o Presidente da Câmara Municipal será vacinado na próxima semana. Aliás, o plano de vacinação das próximas semanas é desconhecido pela Câmara Municipal;
- Acresce que também não digo se aceito sequer ser vacinado antes da maioria dos meus conterrâneos.
- Agora, vejo a vacina com a esperança de que pode travar esta pandemia à escala do mundo. Uma vacina que deve ser para todos e administrada tão rápido quanto possível.
Como cidadão e como Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis vejo e louvo o esforço das autoridades da saúde e dos governantes para estipularem um plano de vacinação transparente e coerente. Aceito e compreendo como normais uma ou outra divergência e uma ou outra crítica perante um tema de grande complexidade.
Parece-me bem, que na segunda fase de vacinação, sejam incluídos detentores de cargos políticos com funções de grande responsabilidade no funcionamento do Estado uma vez que, no dia a dia no exercício das suas funções, são impedidos de qualquer confinamento, correndo riscos acrescidos de infeção.
Parece-me bem que os Presidentes de Câmara ou Vereadores enquanto responsáveis das Comissões Municipais de Proteção Civil, que enfrentam situações especiais de risco, sejam incluídos nesta fase de vacinação, bem como todos os membros destas Comissões que ainda não tenham sido vacinados.
No que diretamente me diz respeito e porque me assiste esse direito enquanto cidadão, ainda não decidi quando serei vacinado.
Assim, expresso a minha indignação com o título da V. notícia que espero ver corrigido em nome do rigor que este tempo especial exige mais que nunca.