António Pinto Moreira será o líder da oposição durante os próximos quatro anos na bancada da coligação “Pelas Pessoas” (PSD/CDS-PP) da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis, tendo deixado na sua primeira intervenção uma ideia ao recém-empossado presidente da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis, Amaro Simões: a criação de um grupo trabalho no órgão deliberativo para que o tema habitação seja discutido.
“A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo autárquico onde por excelência se debatem as ideias com inteligência e propósito e onde se congregam vontades entre partidos políticos e pessoas que têm mais a ganhar se se respeitarem e valorizarem mutuamente. Não haverá um executivo municipal forte, sem uma Assembleia Municipal forte, atenta, colaborativa e interventiva. É neste alinhamento que espero vir a cumprir o meu mandato na Assembleia Municipal e estou certo que todos contribuiremos para um nível elevado do debate político na Assembleia Municipal”, disse o autarca durante o discurso na sua tomada de posse.
A perda de população no concelho de Oliveira de Azeméis foi o grande problema apontado por António Pinto Moreira, e na qual irá centrar a sua intervenção durante este mandato. “O principal problema, antes de tudo o resto, é o facto de o nosso concelho ter vindo a perder população comprovam os dados dos últimos Censos. O que se está a passar para que menos pessoas instalem a sua residência em Oliveira de Azeméis é o que temos de responder”, afirmou. E continuou: “Não há política, sem políticos, mas não há políticos sem as pessoas, e o bem mais precioso ao as pessoas. Deve constituir um desígnio de todos encontrarmos as estratégias e as ações capazes de fixar pessoas no nosso território”.
António Pinto Moreira considera a falta de oferta habitacional no concelho como um dos fatores que ajudou a que Oliveira de Azeméis perdesse população nas últimas duas décadas. “Oliveira de Azeméis é terra de empreendedores e investidores. Devemos fazer uma reflexão sobre o porquê de onda de investimentos em edifícios para a habitação ocorridos nas últimas décadas do século passado arrefeceu de forma brusca nas primeiras duas décadas do século XXI”, denunciou. E deu um exemplo prático: “Houve uma época que, em média, entrava um pedido de licenciamento de urbanização por semana na Câmara”.
“O que levou a este arrefecimento”, questionou. “Compete a quem tem a seu cargo a gestão de território, que é a Câmara Municipal, e a todos nos que fomos eleitos refletir e encontrar soluções. Tem de haver uma política de habitação. Não pode haver discurso para ricos e outro para pobres”, considerou.
Foi nesta linha de pensamento que António Pinto Moreira concluir o seu discurso com a sugestão da criação de uma “comissão de trabalho a ser constituída na Assembleia Municipal, mas com outras pessoas da sociedade civil, para poderem desenvolver ideias de habitação com lógica para o concelho de Oliveira de Azeméis”.