A 5 de outubro de 1922 nascia o jornal Correio de Azeméis pela mãe de Bento Landureza. Na próxima semana completará 100 anos de existência. Uma data e um momento a que ninguém pode ficar indiferente. Muito menos eu. Foi naquela redação que comecei a dar os primeiros passos no jornalismo, na década de 90… do século passado (o tempo passa…). Segui para outros rumos, mas sempre com a consciência da importância e da influência que este jornal teve na minha vida. Foi ali que ganhei o meu primeiro ordenado, com 17 anos, e comecei a moldar-me como jornalista com o Prof. António Rebelo, o Paulo Oliveira e o Prof. António Magalhães (que equipa!).
Em 2019 voltei a Oliveira de Azeméis, e assumi o risco de fundar um novo projeto de comunicação social no concelho. Não gosto de considerar concorrente, mas sim complementar ao Correio de Azeméis, num trabalho que considero salutar para a independência de informação e diversidade de temas abordados sobre o nosso concelho.
Mesmo deste lado, é impossível não sentir um carinho especial pelo “Correio”. Os tempos são outros, as pessoas são outras, o trabalho é diferente, mas a marca “Correio de Azeméis” correrá sempre no sangue por tudo aquilo que vivenciei e aprendi por lá.
Chegar aos 100 anos é um marco histórico que será muito difícil (para não dizer impossível) um órgão de comunicação social do concelho alcançar. Para isso acontecer, será preciso que este jornal dure mais 97 anos, e já não estarei, certamente, por cá para o festejar; ou então alguém voltar a adquirir o jornal A Voz de Azeméis que comemorará nos próximos tempos 50 anos sobre a publicação da primeira edição.
Pegando nestas premissas, considero que o “Correio de Azeméis” merecia ser distinguido com a medalha da cidade pelos bons préstimos informativos e pela memória que garante ao concelho.
Na pessoa do Eduardo Costa, diretor e proprietário do jornal centenário, dou os parabéns ao jornal e a todos os que deram seguimento ao projeto até esta memorável data.