O deputado do PSD Paulo Cavaleiro, eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, insistiu na Assembleia da República na importância de revitalização da Linha do Vouga e na sua integração na Linha do Norte. Intervindo no plenário, o parlamentar social democrata reclamou, por outro lado, a implementação do sistema Andante no serviço da ferrovia do norte da Área Metropolitana do Porto (AMP).
Para Paulo Cavaleiro, o troço do “Vouguinha” que passa por Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Espinho, “todos concelhos da AMP”, pode constituir-se como um “grande fator de coesão metropolitana e, de certa forma, colmatar o desequilíbrio de oferta de mobilidade nestes concelhos do sul, comparando com os do norte da AMP”.
“É muito relevante a ligação deste troço à Linha do Norte e, desta forma, ao Porto” – vincou Paulo Cavaleiro perante o ministro das Infraestruturas e Habitação no plenário, no dia em que se discutia a implementação do Passe Ferroviário Verde.
“É algo que não temos completamente fechado”
Na resposta, o ministro Miguel Pinto Luz recordou que a Linha do Vouga está em intervenção pela sua modernização, garantindo que o governo está a estudar como é que a ferrovia pode ser ligada à Linha do Norte. “É algo que não temos completamente fechado” – revelou, a propósito.
Paulo Cavaleiro introduziu na discussão daquilo a que apelidou de ”cartão do cidadão” da AMP, o Andante, ainda não aplicado na Linha do Vouga, lendo notícia de 24 de setembro onde se diz que “ainda está sem esclarecimentos a integração” do sistema, que permitiria a um passageiro entrar no comboio em Oliveira de Azeméis e viajar até à Póvoa do Varzim por 40 euros com um só passe. O ministro respondeu com a indicação de que o pedido da CP à AMP para incluir o Andante na Linha do Vouga é de setembro de 2023.
A discussão teve lugar no dia em que se discutia no plenário, por iniciativa do Livre, o Passe Ferroviário Verde, sobre o qual Paulo Cavaleiro disse ter havido, no início, “quem não acreditasse, o PS e o PNS, mas em época de Orçamento do Estado, o governo foi mais ambicioso que o Livre, indo mais longe, com este novo passe apresentado recentemente”.
“Sente-se que as coisas, nessa área, estão a acontecer, estão a andar, estão a entrar nos carris” – conclui Paulo Cavaleiro, referindo-se, também, à adjudicação da concessão para o troço entre Porto (Campanhã) e Oiã, o primeiro troço da primeira fase do projeto de alta velocidade, que ocorrera no mesmo dia.
