O presidente Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, assinou um despacho onde decretava , neste novo período de confinamento imposto pelo Governo para o combate à pandemia do vírus Covid-19, o encerramento do Cemitério Municipal de Oliveira de Azeméis e sugeria, no mesmo documento, às Juntas de Freguesias a ter igual procedimento para os cemitérios da sua responsabilidade.
Contudo, se no primeiro confinamento, em março e abril do ano passado, os cemitérios do concelho foram todos encerrados, neste segundo confinamento a realidade alterou-se. Os cemitérios da zona norte do concelho estão todos encerrados, e na zona sul mantêm-se abertos.
As freguesias de Macieira de Sarnes, Cesar, Fajões, Carregosa, São Roque, Vila de Cucujães, Nogueira do Cravo e Pindelo, decidiram seguir as orientações do município e encerraram os seus cemitérios. Todos os cemitérios das restantes freguesias continuam abertos. Referimo-nos a São Martinho da Gândara, Santiago de Riba-Ul, Ul, Madaíl, Macinhata da Seixa, Ossela, Loureiro, Pinheiro da Bemposta, Travanca e Palmaz. Feitas as contas são mais as freguesias que mantêm os seus cemitérios de porta abertas do que as freguesias que decidiram pelo seu encerramento.
Em declarações ao Azeméis.Net, José Queirós, presidente da Junta de Freguesia de Loureiro, argumenta que a decisão sobre o encerramento, ou não do cemitério, “foi muito ponderada”, mas que dadas as circunstâncias acabaram por ditar que o cemitéio da freguesia continuaria de portas abertas. “O nosso cemitério é grande, tem quatro entradas. E aquilo que sentimos é que as pessoas não vão aos cemitérios para se juntarem, querem mesmo visitar os seus defuntos, e fazer uma oração. Sentimos que é incompreensível para a população o facto de poderem entrar na Igreja, e depois não poderem ir ao cemitério. O que observamos é que a grande maioria das pessoas que vão aos cemitérios já são mais idosas, e que têm a noção da realidade com toda a informação que é transmitida pela comunicação social, e respeitam todas as regras impostas pela Direção-Geral de Saúde”, argumenta José Queirós.
O nosso jornal também abordou Susana Mortágua, presidente da União de Freguesias de Pinheiro da Bemposta, Palmaz e Travanca, sobre a decisão do executivo em manter abertos os cemitérios das freguesias que dirige. “Para nós não faz sentido fechar os cemitérios porque estes estão em espaços abertos, e são cumpridas todas as normas impostas pela Direção-Geral de Saúde”, diz Susana Mortágua ao Azeméis.Net. A autarca ressalva, no entanto, que esta medida poderá ser alterada mediante a realidade de cada momento.