A tutela da Justiça desrespeitou Oliveira de Azeméis, e andam a brincar connosco. Não nos façam de tontos. Não há outra maneira de dizer isto. Façamos uma retrospetiva sobre a questão da possível saída do Juízo de Execução e do Tribunal de Trabalho de Oliveira de Azeméis. Quando a oposição levou o tema a reunião de executivo municipal, o presidente da autarquia, Joaquim Jorge, disse não saber de nada nem de forma oficial, nem de forma oficiosa, e considerou (e muito bem) que achava estranho uma decisão como esta ser colocada em cima da mesa sem ouvir os intervenientes.
Mas a verdade é que o presidente foi a Lisboa e veio com uma mão-cheia de nada. Foi informado que ainda não estava decidido. Não podemos estar contentes com este ponto de situação, de forma alguma, porque agora Oliveira de Azeméis ficou oficialmente inquieto e na dúvida sobre um tema que nem sequer devia ter sido posto em cima da mesa sem a necessária, e prévia, discussão.
Ninguém sabe ao certo em que ponto está a situação. Há representantes do Ministério da Justiça que vêm a Oliveira Azeméis. Esperamos todos que não seja apenas um mero pro forme. Desta vez o senhor presidente vai ter de sacar um coelho da cartola, e estar bem atento. Porque se a tutela andou a discutir o tema às escondidas até agora, poderá continuar a fazê-lo.
Não nos deixem enganar mais, e mostremos a nossa força enquanto comunidade. É esta a hora de um sobressalto cívico.
P.S – Mais uma vez parabéns ao Correio de Azeméis pelos 100 anos. No último editorial tinha sugerido a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade por parte da autarquia a este jornal centenário sem saber o que já estava a ser preparado. Foi merecido!