No início do ano, a 4 de janeiro, faleceu, aos 78 anos, Manuel Pinto Nunes, um histórico do Partido Socialista de Oliveira de Azeméis, sendo um dos militantes mais antigos, que reuniu amizades em todo o espectro político. Foi vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis entre 1976 e 1979, e mais tarde foi membro da Assembleia Municipal. Também esteve envolvido no meio associativo, sendo conhecido e reconhecido o seu trabalho na CERCIAZ.
“O concelho de Oliveira de Azeméis perdeu uma figura de reconhecidas capacidades profissionais e humanas que dedicou a sua vida à comunidade oliveirense, principalmente no domínio da intensa vida autárquica onde deu sempre o melhor de si”, expressou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, em nota de pesar publicada nos meios de comunicação da autarquia. E acrescentava: “As suas qualidades de autarca devem deixar-nos orgulhosos pelo contributo que deu à comunidade oliveirense, que serviu com total dedicação e amor.A sua personalidade, o seu caráter cordial e capacidade empreendedora perdurarão na memória de todos os que tiveram o privilégio de contactar e conviver com ele. É esta capacidade e os valores que orientaram a sua vida que constitui o legado que nos deixa a todos orgulhosos”.
O presidente da Comissão Política do PS de Oliveira de Azeméis, Bruno Aragão, recorda que Manuel Pinto Nunes se envolveu politicamente “quando era difícil, num concelho em que a política foi, durante muito tempo, dura para os não alinhados“. E acrescenta: “Sentiu-o pessoalmente várias vezes, mas nunca desistiu. Militou desde sempre sem hesitar nas convicções, nem se deixar amedrontar pela evolução dos tempos. Foi sempre um homem de esquerda e um convicto socialista”.
Hermínio Loureiro, ex-presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, eleito pelo PSD, considera que Manuel Pinto Nunes “era uma pessoa afável com uma educação esmerada” e com quem teve “o privilégio de ter inúmeras conversas“. Sublinha que a questão de estarem “em campos ideológicos diferentes em nenhum momento beliscou a relação harmoniosa” que sempre mantiveram.
E recorda: “A última conversa que tivemos foi sobre a CERCIAZ instituição que serviu de forma apaixonada e intensa durante muitos e muitos anos”.