Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024
Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024

Editorial. É urgente que a autarquia reveja as suas prioridades

> Ao contrário do que era expectável, a autarquia até já deu pelo menos um sinal exterior de riqueza

Estamos todos a ultrapassar a maior pandemia deste século e a assistir a uma Guerra na Europa para a qual ainda não se sabe o fim. Apesar de já sentirmos no bolso os efeitos da guerra, com um constante sobe e desce (mais sobe do que desce) no preço dos combustíveis, as reais consequências de tudo aquilo que tem acontecido à humanidade nos dois últimos anos, a fatura completa ainda está por chegar. Há um dado adquirido: a economia e o peso do Estado vão estrangular muitas empresas. E isso significará desemprego, perda de poder de comprar e por aí fora…

Agora, mais do que nunca, é necessário que as autarquias estejam ao lado das suas gentes, e com as prioridades bem vincadas. Mas a verdade é que os últimos sinais de apoio da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis à sociedade oliveirense têm sido muito poucos, numa altura em que o saldo de gerência do município é o maior de sempre.

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Ao contrário do que era expectável, a autarquia até já deu pelo menos um sinal exterior de riqueza. Os 10 mil euros que aceitou pagar por 90 segundos (111 euros por segundo) de imagens de Oliveira de Azeméis na novela da SIC, Lua de Mel, sob o pretexto de ser uma boa política para promover o território, é o exemplo.  

Esta é uma decisão, no mínimo, discutível por todos nós. O valor daria para ser aplicado em medidas de apoio em várias áreas da sociedade oliveirense. Mas se é de comunicação e promoção que se está a falar, os dez mil euros gastos para noventa segundos de promoção numa novela, seriam um apoio muito simpático à comunicação social local que promove o território 365 dias (34 536 000 segundos) por ano.

As prioridades estão manifestamente trocadas quando uma autarquia mostra disponibilidade para investir 10 mil euros por 90 segundos numa novela – reservou 5 mil euros de apoio à comunicação social local como medida Covid – e recusa frequentemente pedidos de ajuda e colaboração por parte desses mesmo órgãos de comunicação social.

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