A informação sobre o aumento da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) foi avançada em setembro, e o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis abordou esta questão agora em novembro, na última Assembleia Municipal. Trata-se do aumento para o dobro do valor aplicado neste momento na taxa em questão. Em vez dos 11 euros por tonelada atuais, as entidades responsáveis pela deposição de resíduos em aterro passarão a pagar 22 euros por cada tonelada. Esta medida aprovada em Conselho de Ministros no dia 17 de setembro é justificada pelo Governo com o objetivo de incentivar ainda mais a redução da produção, e de desicentivar a entrada de resíduos provenientes de outros países.
Em declarações ao Azeméis.Net, o presidente da autarquia, Joaquim Jorge, revela que este aumento da TGR será espelhado na fatura da água dos consumidores no início do próximo ano. O edil diz que o dossiê ainda está a ser estudado, mas antecipa que o cenário mais provável será que o valor seja suportado pelos consumidores, justificando o esforço financeiro da autarquia em medidas recentes como é o caso da redução do IMI para a taxa mínima legal (0,30%). Segundo Joaquim Jorge, o valor do aumento deverá ser na ordem dos €0,60 (sessenta cêntimos).
Suspensão do Aumento da tarifa de água e de saneamento irá manter-se
A suspensão do aumento da tarifa da água e saneamento que Joaquim Jorge anunciou em abril último continuará a ser uma realidade no próximo ano. Esta suspensão enquadrou-se dentro das medidas Covid-19 do município, e na conferência de imprensa onde anunciou a decisão, Joaquim Jorge avançava que iria durar até ao final de 2020.
Entretanto, na última Assembleia Municipal o presidente da Câmara Municipal disse aquilo que já tinha revelado em entrevista ao Azeméis.Net: a suspensão irá manter-se no próximo ano. A resposta surge em sequência da questão efetuada pelo deputado municipal do PSD, Bruno Rodrigues. “Esta resposta vai manter-se. Apesar de termos atribuída a suspensão a uma resposta em relação à pandemia, aquilo que importa é que se for necessário investir, investiremos”, afirmou.
Recorde-se que esta suspensão equivale a uma poupança de 20 mil euros por mês nas faturas de todas os oliveirense que estão dentro da rede de saneamento do município. Fazendo contas, até agora, passados oito meses sobre a decisão, a Câmara Municipal suportou uma quebra de receita de 160 mil euros.