Sexta-feira, 29 de Março de 2024
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Novidade no Dia Mundial do Teatro. Está a nascer uma nova companhia profissional de teatro em Oliveira de Azeméis

João Amorim é o dinamizador da nova companhia de teatro profissional do concelho
João Amorim é o dinamizador da nova companhia de teatro profissional do concelho

A partir de setembro um conjunto de 16 profissionais iniciarão os trabalhos naquele que é um projeto de teatro profissional no concelho de Oliveira de Azeméis, que se compromete por lutar pela garantia de uma criação teatral regular pensada especificamente para o concelho de Oliveira de Azeméis. Este anúncio é feito ao Azeméis.Net pelo dinamizador deste projeto, o ator oliveirense João Amorim, no Dia Mundial do Teatro. A companhia será dominada de Bandevelugo (já tem imagem corporativa desenhada) e nasce com o apoio da Direção-Geral das Artes (Organismo do Ministério da Cultura) e da Câmara Municipal Oliveira de Azeméis, com um importante contributo e incentivo da vereadora da Cultura, Ana de Jesus, que já abordou este tema numa das últimas reuniões de executivo camarário.

“Em Oliveira de Azeméis, concelho onde resido, dada a proximidade temporal do Dia Mundial do Teatro às celebrações Pascais, este dia acabou sempre por passar despercebido devido às tradicionais restrições de exuberância pública que esta época acarreta para os crentes. No epicentro da pandemia que vivemos, todas estas comemorações vêm também desvanecido o ímpeto que por norma as caracteriza. Então, no meio deste caos, creio ser importante a injecção de algum alento, que nos permita iluminar este bréu que se abate sobre o futuro próximo. A pandemia desregulou as escalas temporais e olhamos para acontecimentos do próximo mês, com a desconfiança com que outrora nos comprometíamos com eventos agendados para o ano seguinte”, começa por dizer.

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E continua: “No entanto, é importante resistir a esta tendência castradora, se bem que necessária para conter a propagação do vírus, que esteriliza o ânimo e ofusca o horizonte. E assim, crentes e confiantes da progressão positiva da situação que todos vivemos, vimos, como forma de celebração possível deste Dia Mundial do Teatro, anunciar que está a nascer um um projecto de teatro profissional no concelho de Oliveira de Azeméis”.

A nova companhia de teatro profissional do concelho de Oliveira de Azeméis está “fortemente comprometida com a missão de nivelar o acesso da população nacional a espetáculos teatrais de cariz profissional”. Por isso, a Bandevelugo percorrerá todas as freguesias e uniões de freguesia do concelho com o espetáculo, A TEMPESTADE de William Shakespeare, a partir do mês de setembro a partir de novembro. Os ensaios da peça terão o seu início no mês de setembro, e a estreia está marcada para o dia 29 de outubro, no Auditório Diamantino Melo, Carregosa, inserido na programação do FESTOLA (URATE), e, posteriormente, percorrerá todo o território Oliveirense. Também já está definido que os espetáculos decorrerão às sextas-feiras, sábados e domingos. De momento, informa João Amorim, estão a ser concretizadas e finalizadas todas as parcerias com as instituições locais, juntas de freguesias e associações. 

“Isto só se torna possível com uma equipa próxima, consciente e conhecedora das realidades locais. As populações periféricas não podem ver comprometidos os seus direitos, no que concerne ao acesso de programação cultural, entre outros motivos, por não deterem um teatro”, considera o dinamizador do projeto, João Amorim. E conclui: “Não deter um teatro, não pode, nem deve, ser um impedimento para o investimento da criação local. Não ter um teatro pode, e deve, ser o ingrediente primordial para se conquistar uma criação diferenciadora, que seja um reflexo identitário deste povo, desta região. Veja-se, como bom exemplo, o projecto Lavrar o Mar, da Madalena Victorino e do Giacomo Scalisi. As populações periféricas, só se nomeiam por periféricas porque há algo que está em falta. E esta falta pode-se tornar irreversível na tentativa de desenvolvimento do território, com consequências direcas na estabilização dos povos, nomeadamente das gerações mais novas qualificadas; e ainda, e não menos importante, a fragilização do sistema democrático. Cremos que a Cultura, para lá do seu papel de entretenimento, pode, e deve, ter um papel fulcral no desenvolvimento e capacitação do indivíduo, tornando-o, pelo confronto de ideias que a mesma provoca, mais forte, crítico e consciente daquilo que são os seus direitos e deveres enquanto cidadão e enquanto trabalhador”.

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