Desde meados de agosto que uma equipa de arqueólogos se encontra no terreno a efetuar escavações na Mamoa de Silvares, em Carregosa. Com cerca de 22 metros de diâmetro, foi intervencionada, no início dos anos 2000, pelo arqueólogo Fernando Silva, que, à data, encontrou preservado parte do anel lítico que serviria de contraforte à câmara central do monumento, que se encontrava destruída.
Os trabalhos da responsabilidade da empresa Araducta, dirigidos pelos arqueólogos Paulo Lemos e Sara Almeida e Silva, são financiados pelo proprietário do terreno, já que antecedem um projeto de construção para o local e visam a preservação pelo registo do monumento, isto é, não sendo possível a sua salvaguarda, os arqueólogos recolhem previamente todas as informações possíveis sobre o sítio.
Este monumento funerário megalítico terá sido construído durante o período do Neolítico, sendo utilizado ao longo da pré-história, pelo menos no Calcolítico/Idade do Bronze.
A campanha que decorre, agora, mais condicionada devido às condições climatéricas já colocou a descoberto a totalidade da couraça, isto é, um amontoado de pedras e terra que coroava e protegia a sepultura e permitiu a recolha de um conjunto significativo de objetos arqueológicos, entre fragmentos de vasos e diversos objetos em pedra, como mós e pequenos elementos talhados em sílex.
