O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, reeleito nas últimas eleições autárquicas tomou posse no último sábado, dia 16, no pavilhão Dr. Salvador Machado e apontou o caminho que norteará o executivo camarário durante o mandato do quadriénio 2021-205. “A transformação digital é um desafio crucial neste mandato. Quem não avançar, perderá o comboio do futuro”, disse. “A Câmara Municipal tem que ser pioneira na transformação digital e energética, uma referência de modernidade para as escolas, para as juntas de freguesia, para as associações, para as empresas e para a sociedade civil em geral”, acrescentou.
Esta ambição obrigará a novas formas de trabalho na autarquica, avisou o edil oliveirense. “Na administração pública em geral, e nas Câmaras em particular, há uma resistência à inovação e à mudança. Temos que combater a prática arcaica de ‘Fazer assim, porque foi sempre assim que se fez’. Quem não se moderniza e não acompanha, ou antecipa, as mudanças que caraterizam o nosso tempo, ficará irremediavelmente para trás”, disse.
A estratégia para estancar perda de população
O concelho de Oliveira de Azeméis perdeu entre 2001 e 2021, 4.840 habitantes, ou seja, em apenas 20 anos, perdemos quase 7% da população. “As causas são conhecidas de todos: a redução acentuada da taxa da natalidade e a saída de jovens em busca de empregos de qualidade. As consequências são evidentes: envelhecimento da população e falta de pessoas em idade ativa, para responder às ofertas de emprego”, afirmou o autarca.
Este é outro dos desafios apontado por Joaquim Jorge para este seu segundo mandato à frente dos destinos do municipio oliveirense. “A estratégia para combater este problema passa por atrair empresas, criar empregos de qualidade, melhor remunerados. Passa por aumentar a oferta do nosso ensino superior, para que tenha capacidade para primeiro atrair, e depois fixar, os jovens no nosso concelho. Passa por criar respostas públicas de qualidade na educação, na saúde e na cultura. Passa pela atratividade fiscal e por políticas de habitação”, revelou.
“Em suma, passa pela criação de condições e de um clima de confiança para os investidores e para as pessoas, sobretudo para as mais jovens, que as leve a escolher o nosso concelho para aqui desenvolverem o seu projeto de vida, e constituírem família”, resumiu.
O presidente da autarquia tem ideias concretas sobre o que quer fazer. “Precisamos de ampliar e melhorar os nossos parques empresariais, para sermos mais eficazes na atração de investimento e na fixação de empresas”, aponta. “Um concelho forte, precisa de uma cidade forte – a nossa cidade precisa de continuar a afirmar-se como uma grande centralidade regional, precisa de se transformar numa importante referência cultural e turística, num território que oferece aos seus habitantes oportunidades e níveis elevados de qualidade de vida, de bem-estar e felicidade”, acrescenta.
Saneamento e rede de estradas continuam a ser prioridade
Apesar de todas as ideias estratégicas mencionadas, Joaquim Jorge avisa para “os problemas infraestruturais que impedem um desenvolvimento sustentável”. Por isso, sublinha, “enquanto não tivermos todo o território concelhio coberto com as redes de água e saneamento, esta será sempre uma preocupação central”, mesmo após os “avanços significativos” nas freguesias de S. Roque, Cucujães, Macieira de Sarnes, Nogueira do Cravo e Oliveira de Azeméis.
“A nossa rede de estradas municipais, apesar do grande investimento já feito, continua a reclamar avultados recursos financeiros”, considera.
“Para mim, esta vitória significa ainda mais responsabilidade”
O início do discurso de Joaquim Jorge após a tomada de posse como presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, foi para falar sobre os resultados das últimas eleções autárquicas. “Para mim, esta vitória significa ainda mais responsabilidade. Para nós, este voto de confiança dos oliveirenses é um importante estímulo para continuarmos a trabalhar, na construção de um concelho melhor para todos”, afirmou. “E, por isso, reconquistar o poder, significa precisamente, reafirmar o compromisso de continuarmos nos próximos quatro anos, a servir e a trabalhar por Oliveira de Azeméis“, acrescentou.
“Saibamos respeitar o voto dos oliveirenses e cumpramos todos com o nosso dever”
Parte do início do discurso do líder do executivo camarário foi para os seus oponentes nas últimas eleições. “Hoje, independentemente dos resultados eleitorais, eleitos e não eleitos, têm o dever e a obrigação de trabalhar pelo desenvolvimento do nosso concelho. Oliveira de Azeméis precisa de todos. Ninguém pode ou deve sentir-se excluído desta missão. O que nos separa, em termos ideológicos e políticos, vale bem menos do que aquilo que nos une. E o que nos une, é o amor à nossa terra”, disse.
“Saibamos respeitar o voto dos oliveirenses e cumpramos todos com o nosso dever, de transformar numa responsabilidade coletiva, o progresso e desenvolvimento do nosso concelho e a melhoria da qualidade de vida da nossa população. Saibamos unirmos em torno daquilo que realmente importa, porque só assim, seremos uma comunidade forte, próspera e com mais confiança e esperança no futuro. É através deste compromisso coletivo, que se criam sinergias, que se constroem agendas mobilizadoras, que se reforça o papel transformador, das instituições democraticamente eleitas. Esta, é a hora de pensarmos no que podemos fazer pela nossa terra”, concluiu.