Foi no final da conferência que “A Linha do Vouga – Que Futuro?”, realizada no Europarque, que a Associação de Municípios das Terras de Santa Maria (AMTSM) oficializou a sua posição. O centro da discussão prende-se com a mudança ou não da bitola na Linha do Vale do Vouga. José Pinheiro, presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, que cumpre mandato como presidente da AMTSM, afirmou que “quanto ao tipo de bitola a usar foi consensualizada com a oposição de um Município, o de Oliveira de Azeméis, que defende a bitola ibérica, de se adotar a linha métrica”.
Joaquim Jorge tornou pública a sua posição já no mês passado. E voltou a vincar a sua posição após a conferência sobre a Linha do Vouga realizada no Europarque. O autarca oliveirense considera a alteração da bitola uma “medida estratégica para o futuro da mobilidade desta vasta região” adiantando que apesar de se colocar a questão financeira do investimento, este vasto território merece beneficiar de mais investimento público, à semelhança de outras regiões e municípios do país.
“Esta é a solução que melhor defende os interesses desta região e das gerações vindouras”, refere Joaquim Jorge recordando que a linha ferroviária do Vouga é a única do país em bitola métrica impedindo a região de ficar conectada ao país e à Europa.
Apesar de na votação só o município oliveirense mostrar-se a favor da mudança de bitola, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, que nunca tomou uma posição pública clara sobre o assunto, já deu sinais de que poderá ser favorável à mudança para a bitola ibérica.
Em declarações ao Jornal de Notícias, no âmbito da conferência “A Linha do Vale do Vouga – Que Futuro?”, promovido pela Associação de Municípios das Terras de Santa Maria, Emídio Sousa foi claro nas suas afirmações. “Não queremos um comboio turístico”, disse, afirmando também que, seja qual for a solução, o investimento terá de resultar numa linha eficaz para “passageiros e mercadoria”.
Não sendo claro na sua posição, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira admite ter dúvidas se a atual bitola métrica dará resposta cabal a esta pretensão.