O vidro, para além de ser o tema principal da 25.ª edição do Mercado à Moda Antiga, também tem é uma das áreas que tem envolvido um investimento substancial por parte da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, como é o caso do Centro Interpretativo do Vidro, que poderá ser inaugurado este ano, e há ainda outros projetos na mesa à espera do melhor momento para avançar, como é o caso da requalificação da Quinta do Côvo.
O processo do berço da tradição vidreira no concelho de Oliveira de Azeméis encontra-se parado. “Havia ideias, e continua a haver ideias para aquele local. A nossa preocupação a é continuar a trabalhar a candidatura da tradição vidreira a Património Cultural Imaterial da UNESCO, e a Quinta do Côvo é um ativo importante para a valorização da candidatura”, diz Joaquim Jorge, presidente autarquia oliveirense. A candidatura foi submetida em 2019 e o processo tem sido difícil e moroso.
Neste momento, no que diz respeito ao vidro, a grande prioridade é concluir o Centro Interpretativo do Vidro, na antiga Casa Mateiro, no Parque La Salette. Em outubro de 2022, o município adjudicou a obra à Edilages por cerca 2,2 milhões de euros, verba que custeada integralmente pela autarquia.
Parceria com a Universidade de Aveiro
Este projeto apresenta caraterísticas, ao nível dos espaços e arquitetura, e funcionalidades, ao nível da programação e conteúdos que o tornam único e diferenciado a nível nacional.
“Queremos criar um local que nos permita manter viva e preservar a identidade do vidro e a tradição vidreira no nosso concelho”, afirma Joaquim Jorge.
Esta estrutura está baseada num trabalho em parceria que envolverá a Universidade de Aveiro (UA) e a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro (FCCV), cabendo à UA a tarefa de certificação científica e à FCCV a tarefa de desenvolvimento de soluções e conteúdos para os temas e tópicos propostos pelo Centro de Interpretação do Vidro.
“Gostaríamos de ter neste espaço uma réplica daquilo que é a Fábrica da Ciência Viva em Aveiro. Permitirá às crianças jovens uma experiência no domínio da ciência e termos experiências que permitam replicar aquilo que eles aprendem no programa curricular, nas escolas, mas, ao mesmo tempo, terem experiências ligadas à arte e tradição vidreira”, adianta o edil oliveirense.
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NÚMERO
€ 2,2 MILHÕES
O Centro Interpretativo do Vidro está a nascer na antiga Casa Mateiro, no Parque de La Salette, e o investimento para as obras de requalificação ascendem aos 2,2 milhões de euros