Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024
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Carta aberta ao padre André Olim

> Um grupo de cristãos das paróquias de Palmaz e Travanca, empenhados na promoção da concórdia nas suas comunidades revelam, em carta aberta, a responsabilidade da sociedade pela saída do Padre André Olim.

Era uma vez… Assim começam muitas das histórias que conhecemos. No entanto, esta é real. Faz e fará parte da vida de muitos de nós. Já lá vão cerca de seis anos que a providência divina nos enviou um pastor.

Pastor jovem, cheio de vitalidade e virtualidades, com muita garra para viver no meio das suas ovelhas, misturando-se e cheirando a cada ovelha do seu rebanho, lembrando o que dizia o Papa Francisco, que os pastores cheirassem a ovelha.

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No início, no meio de muitas intrigas e falsidades, foi tentando conduzir as ovelhas por caminhos que entendia ser os mais adequados. O pastor lá ia fazendo o seu trabalho, criando múltiplas iniciativas que dinamizassem o rebanho.

No início, no meio de muitas intrigas e falsidades, foi tentando conduzir as ovelhas por caminhos que entendia ser os mais adequados.

No seu zelo e generosidade procurou passar ensinamentos de: arranjos florais; enquadrar novos sons nos coros introduzindo bombos, pandeiretas e sinos; dedicou muito do seu tempo ao estudo e divulgação da etnografia, dos costumes e tradições esquecidas; criou e fomentou grupos de canto e dança; promoveu e dinamizou encontros etnofolclóricos; promoveu encontros de reflexão cristã e incentivou à procura de formação para os cristãos que se dispusessem a aprender.

De algum modo todos beneficiaram com a sua passagem, pastor e ovelhas. Na hora da partida, assumamos as nossas falhas, a nossa responsabilidade. Fomos nós com as nossas atitudes e ações que desencadeamos todo este processo, por alguma ou algumas fortes razões o nosso pastor pediu para mudar de paróquia. (confrontar a “voz portucalense” de 31 de julho de 2024/pagina 5, num apontamento sobre “nomeações”).

Assumamos a nossa responsabilidade neste acontecimento marcante para as nossas comunidades

Assumamos a nossa responsabilidade neste acontecimento marcante para as nossas comunidades. Por muitos defeitos que o nosso pastor tivesse, e certamente que tinha, era o nosso pastor, “persona christi”, a pessoa de Cristo, em particular nas eucaristias, pelas quais tinha uma grande dedicação e devoção, bem como por nossa senhora, Maria de Nazaré.

Era, portanto, nossa responsabilidade ajudá-lo a caminhar, criando as condições para um caminhar de amparo e carinho. Onde está a caridade cristã? Onde estão os cristãos que agem de acordo com as escrituras e a palavra dos evangelhos?

Aos homens será fácil enganar, mas por certo a Deus, acreditando nas escrituras, será possível continuar a enganar? Para uma comunidade que nem sempre tem estado unida, não será tempo de encontrar caminhos de solidariedade e fraternidade entre todos, tal como o nosso pastor continua a apelar?

Não obstante se dizer, e ao que apuramos é verdade, que havia pessoas, paroquianos, que quais “bufos “da antiga “Pide”, levavam um chorrilho de meias verdades entre muitas mentiras, ao conhecimento das autoridades eclesiais. (vigário e bispo diocesano)?!

Este tipo de situações não é digno de cristãos, nem de quem os acolhe. Lembramos algumas cartas de s. Paulo, em que se apela ao entendimento entre os irmãos que estavam desavindos porque uns diziam umas coisas e outros outras.

Não teria sido mais cristão reunir o povo em Assembleia e esclarecer uma qualquer situação que estivesse menos clara? É assim que o espírito santo e a letra dos documentos sínodais nos convidam, ao diálogo permanente.

Desejamos as maiores felicidades em Cristo jesus ao padre André Olim, na sua nova missão e que os seus novos paroquianos, seus conterrâneos, o acolham e acarinhem como homem de deus que ele é e sempre foi.

Como sabemos, dentro em breve, teremos um novo pastor, a quem desde já damos as boas-vindas em Cristo Jesus e fazemos votos para que encontre comunidades de cristãos ativos e solidários, empenhados na promoção da paz e da concórdia cristãs.

Certamente que estaremos atentos e acompanharemos a pastoral a implementar nas nossas comunidades paroquiais. Como vamos constatando a zona sul da diocese do porto está numa espécie de limbo, ou seja, como já foi demonstrado este estado não existe, e é como este espaço pastoral se sente, existe, mas está esquecido e semiabandonado.

Não será tempo de os responsáveis diocesanos repensarem a pastoral para esta zona, para esta vigararia de São João da Madeira-Oliveira de Azeméis?

Os pastores “salatinos” que nos enviam, não deixando de ser pastores, não privam com as suas ovelhas, têm uma cultura diferente, e como tal mal conhecem a cultura europeia nem a forma pastoral de estar no meio do povo de deus.

Não será hora de repensar este tipo de intercâmbio? Atendamos aos apelos prementes do ainda nosso pastor, a exemplo do Papa Francisco, sempre a favor da paz e da concórdia

Paz e Bem.

Um grupo de cristãos das paróquias de Palmaz e Travanca, empenhados na promoção da concórdia nas suas comunidades.


Padre Simão Avelino no lugar de André Olim 

O padre André Olim cessou funções nas paróquias de Travanca e Palmaz em setembro, e regressou às suas origens na Ilha da Madeira. Foi nomeado para a paróquia de Água de Pena. Para o seu lugar foi o padre Simão Avelino que acumula funções com a paróquia de Pinheiro da Bemposta.

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Uma resposta

  1. Se as populações se interessassem, mais por zelar o bem estar da população, seria bem melhor do que andar com cartas abertas.
    Relativamente a Sacerdotes sejam de que relegião for. Não fazem mais que a obrigação que Deus lhes pediu.
    O respeito é fundamental, pelo o sr. padre que serviu a aldeia de Palmaz. Existem contudo, outras perioridades…..Zelar pelos mais velhos, (sejam eles ricos ou pobres), saúde, abastecimento de água e saneamento, tratamento do rio Caima e muito mais…….

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