As aulas de educação física na Escola Secundária Ferreira de Castros encontram-se suspensas por tempo indeterminado devido à falta de água quente nos balneários desta instituição escolar. A situação foi denunciada pelos vereadores do PSD em reunião de executivo municipal.
O presidente da Comissão Política do PSD de Oliveira de Azeméis também usou as redes sociais para abordar a questão. “Apesar de várias insistências da direção da escola, a Câmara Municipal não resolve o problema… Apesar da propaganda de investimento, é evidente a incapacidade do município de Oliveira de Azeméis, gerir a educação do nosso concelho”, escreveu Pedro Marques.
Joaquim Jorge, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, afirmou ter tido conhecimento da situação apenas durante o dia de quarta-feira, dia 20, especificando que o problema em questão terá estado relacionado com a válvula. “A responsabilidade para a resolução do problema é da Parque Escolar, mas iremos nos inteirar e acompanhar este problema”, afirmou o edil oliveirense em reunião de executivo municipal.
Problema desde o início do ano letivo
Apesar do problema ter sido tornado do conhecimento público apenas esta semana pelos vereadores do PSD, este foi um problema já detetado no início do corrente ano letivo.
“Existe uma avaria no sistema de abastecimento de água quente aos balneários que foi detectada no início do ano letivo e reportada de imediato à empresa responsável pela manutenção das instalações escolares, “Construção Pública SA”, em reunião presencial e via correio eletrónico. No início do ano, apesar do funcionamento irregular do sistema de abastecimento de água quente, a mesma mantinha-se com períodos de água pouco quente/morna. Os utentes dos balneários foram utilizando as instalações, pois as condições climáticas (tempo quente) foram permitindo”, começa por contar ao azeméis.net a diretora do agrupamento de escolas Ferreira de Castro, Ilda Ferreira.
Com o tempo mais frio, as queixas dos utentes acentuaram-se. Paralelamente, aumentou a pressão por parte da escola sobre a empresa responsável pela manutenção das instalações escolares para o restabelecimento e do abastecimento regular da água quente nos balneários.
Queixas aumentaram de tom
Aproximando-se o período de interrupção letiva, explica Ilda Ferreira, foi sugerido pela direção que fossem utilizados os três dias de pausa para a realização das reuniões intercalares como oportunidade para a empresa resolver o problema. Como o problema técnico continuava por resolver, apesar dos dias de interrupção para o fazerem, e com o aumento das queixas apresentadas pelos representantes dos pais e encarregados de educação nos Conselhos de Turma de Avaliação Intercalar, a diretora decidiu cancelar as aulas práticas de educação física, mantendo a lecionação com atividades de substituição (aulas teóricas e atividades físicas que não envolvam grandes esforços) e comunicar à DGEstE a situação.
Reunião com o município dia 18
Além da comunidade escolar, o pavilhão da escola Ferreira de Castro recebe também atividades das equipas de formação da União Desportiva Oliveirense. Nesse sentido, Ilda Ferreira reuniu-se com a autarquia e clube.
” O município de Oliveira de Azeméis nada tem a ver com o assunto em apreço, e já foi informado da situação na pessoa do vereador Helder Simões em reunião que contou com a presença do responsável da União Desportiva Oliveirense e do Município que ocorreu no dia 18 de novembro”, revela a diretora do agrupamento.
Ilda Ferreira confirma que a informação sobre a interrupção das aulas de educação física só chegou ao conhecimento do pelouro da educação do município na quarta-feira, dia 20: “Seguiu ainda uma informação dirigida à empresa responsável e aos professores de Educação Física com informação sobre o assunto no final do dia 20 de novembro, nomeadamente dando a conhecer a suspensão das aulas práticas de educação física a partir do dia hoje, dia 21 de novembro e comunicação à DGEstE, com conhecimento do vereador da Educação, Rui Cabral”.
No final do dia 21 de novembro a direção da escola Ferreira de Castro, revelou Ilda Ferreira ao nosso jornal, foi contactada pela empresa responsável a garantir que “a situação vai ser resolvida em breve”.