Durante a conferência de imprensa onde fez o balanço do primeiro ano do seu segundo mandato, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, revelou que o município vai chegar ao final de 2022 com uma dívida de 8 milhões de euros e um saldo de gerência por volta dos 30 milhões de euros.
Quanto à dívida municipal, Joaquim Jorge diz que não faz sentido falar nela uma vez que “a dívida municipal é perfeita comportável”, não sendo possível chegar o valor zero porque a autarquia encontra-se “a pagar património adquirido e condenações judiciais”.
A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis tem neste momento uma capacidade de endividamento entre os 12 e os 14 milhões de euros revela Joaquim Jorge. Ainda segundo edil oliveirense, a dívida não deve ser motivo de preocupação, uma vez “o mais preocupante numa dívida é a dívida bancária que no nosso caso praticamente não existe”.
Quanto ao saldo de gerência no valor de 30 milhões de euros, Joaquim Jorge justifica-o pela dificuldade em executar o que está previsto. “Normalmente este é um tema que serve de aproveitamento político. O valor do saldo gerência serve para muita coisa, e não serve para coisa nenhuma”, começa por dizer. “O saldo Gerência resulta do rigor da gestão e na dificuldade da execução. Se não houver capacidade de executar o que estava no resultado anterior, o resultado líquido acumula-se. E é isso que está acontecer. Todos os anos estamos melhorar o volume investimento, mas não estamos em níveis de execução que nos permitam consumir rapidamente o saldo de gerência”, conclui.
“O valor do saldo gerência serve para muita coisa, e não serve para coisa nenhuma”
Joaquim Jorge, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis