Em 2005 as escolinhas (início da formação) da equipa de futebol da UD Oliveirense recebiam a inscrição do Francisco Ferreira, um miúdo de oito anos, benfiquista de coração, e com uma grande vontade de jogar à bola. Desde cedo se percebeu o talento deste pequeno que já nessa altura mostrava ser diferente dos demais, e foi ainda na UD Oliveirense que o Francisco se tornou Kiko, alcunha que os colegas lhe puseram. O seu talento sobressaiu tanto logo nos primeiros jogos que apareceu logo os olheiros do SL Benfica a darem conta do interesse de não deixar fugir o diamante em estado puro. Ira para Lisboa, longe dos pais, era desde logo uma carta fora de baralho para um menino de 8 anos. O pequeno Kiko acabaria por ser cedido ao Estarreja, em primeiro lugar, Taboeira, numa fase seguir, através de um protocolo que salvaguardava os interesses do SL Benfica.
Em entrevista ao jornal online Observador, o treinador Sérgio Ferreira, que orientou o jogador oliveirense nos iniciados do Taboeira, dá relevo à personalidade do menino Francisco Ferreira. “Em termos humanos, o ‘Kiko’ é fantástico. É um jovem muito trabalhador e com uma humildade incrível, muito também pelos pais fantásticos que tem, que foram importantíssimos. Não esqueceu quem ficou por cá. Ainda hoje fala com muita frequência com amigos da altura que conheceu há anos”, contou.
É por esta forte ligação aos pais a razão de ser frequente o jogador, que agora todos conhecem como Ferro, ser visto no nosso concelho. E diz quem já lidou com ele de perto nestas situações que o jogador não perdeu a humildade. Sempre que á abordado na rua, ou na Igreja que costuma frequentar, não nega um autógrafo, um abraço, um beijinho, ou uma selfie.
Como Kiko se transformou em Ferro
Ferro foi baptizado com este apelido quando ainda representava o Taboeira. Nesta equipa do sul de Aveiro, o oliveirense Francisco partilhava nome com Kiko Rodrigues, atual jogador do Estoril, emprestado pelo Vitória Sport Clube. O treinador Sérgio Ferreira contou esta história ao jornal Observador a história da mudança de alcunha: “Ele passava imenso tempo no ginásio. Como se costuma dizer em calão, ‘puxava muito ferro’, e foi essa capacidade de trabalho que deu origem ao nome”.