Sexta-feira, 29 de Novembro de 2024
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“2023 vai ser o melhor ano da história da Moldoplástico”

> RANKING. A Moldoplástico foi a 13.ª maior empresa de moldes do país em 2022, e Carlos Silva antecipa uma subida galopante em 2023.  

A Moldoplástico aparece no 13.º lugar do ranking, de 2022, das maiores empresas de moldes do país, com um volume de negócio de 12,6 milhões de euros, representando um crescimento de 50% relativamente a 2021. “É um resultado que se aproxima mais daquilo que é nossa capacidade de produção. O ano passado permitiu-nos, de certa forma, regressar a uma certa normalidade depois uns tempos conturbados”, diz Carlos Silva, administrador da empresa oliveirense.

E os resultados em 2023 têm sido ainda melhores, antecipou o empresário ao azeméis.net durante a Semana de Moldes. “Fruto de um conjunto de reestruturações que fizemos. Os resultados continuam a melhorar. Este ano, posso já adiantar, será o melhor ano da história da Moldoplastico e que nos vai fazer crescer muito no ranking das melhores empresas de moldes”

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As mudanças introduzidas para o melhoramento do desempenho financeiro, explica Carlos Silva, “passaram por fugir zona de conforto com a aplicação de novos processos de fabrico, sermos mais eficientes, e acima de tudo pelo contacto mais direto com os clientes, e também nos desafiamos em construir moldes para outras áreas que até aqui não estávamos a trabalhar. O ano de 2023 será memorável para o universo Moldoplastico”

Fuga do setor automóvel

O crescimento financeiro do Moldoplástico é em contraciclo quando comparado com outras empresas do setor. Isto acontece porque a estratégia da empresa oliveirense tem passado por explorar outros nichos de mercado. “Somos uma empresa que foge à tipologia da indústria de moldes em Portugal, no sentido em que não concentra a sua atividade no setor automóvel. De há uns anos para cá temos fugido desse caminho. Claro que continuamos a trabalhar para o setor automóvel porque é uma indústria exigente, mas temos de procurar outros nichos de negócio, porque quem não diversificar, procurar novos mercados, novos clientes, novos projetos vai ter dificuldade em manter-se no caminho do sucesso. E nós temos feito esse caminho com grande rigor e com grande mestria”, afirma Carlos Silva.

A embalagem e o mobiliário passaram a ser área para a empresa. E destacam-se por conseguir trabalhos únicos. Nomeadamente os de grande porte. O empresário confidencia que “há dois meses” saiu das instalações da empresa um molde com 160 toneladas. “Somos uma empresa multifacetada que nos permite posicionar em todos os setores como referência”, assume.

“Aquilo que se discute é um cenário cor de rosa”

A Semana dos Moldes é, por excelência, o momento em que os profissionais do setor partilham experiência e procuram soluções para encontrar soluções. Carlos Silva difeferente que os assuntos deveriam discutidos mais próximos da realidade do setor. 

“Há um trabalho muito grande a grande fazer. Por vezes saímos destes seminários com o sentimento que temos empresas perfeitas, e empresas perfeitas não existem. Há sempre pontos a melhorar. Este mercado exige quadros que se adaptem aquilo que é a exigência do setor, exige que as pessoas tenham uma inteligência emocional muito forte para aguentar a pressão daquilo que são os prazos e compromissos. Aquilo que se discute é um cenário cor de rosa, e temos de regressar à realidade, porque a realidade diz-nos que o cenário não é fácil, e não vai ser fácil”, diz. 

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