“Uma Aventura na Torre do Tesouro” é o título do novo livro de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, inspirado no património material e imaterial de Santa Maria da Feira. O enredo ainda está a ser esboçado pelas autoras da coleção de literatura infantojuvenil portuguesa “Uma Aventura”, mas há “palcos” icónicos do território que serão incontornáveis, como o Castelo da Feira e a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. O livro será lançado em março do próximo ano.
Em mais um regresso a Santa Maria da Feira, desta feita para uma visita à Viagem Medieval, as escritoras reiteraram, dia 10 de agosto, que há muitos outros locais a explorar no território, porque o património feirense “é extremamente rico e desperta o interesse das pessoas”. Ambas admitem que “o mais difícil será fazer escolhas” entre tantas possibilidades.
“O castelo em si mesmo é único”, evidencia Isabel Alçada. “Não conheço outro igual em nenhuma parte do mundo”, corrobora Ana Maria Magalhães, adiantando que a dupla de escritoras vai começar a trabalhar no enredo já na segunda quinzena de agosto, para que todos os conteúdos estejam fechados a 21 de dezembro.
“Fomos muito seduzidas pela atmosfera, pelo ambiente maravilhoso que se vive aqui, pela força dos monumentos”, admite Ana Maria Magalhães, recordando a visita da manhã ao Castro de Romariz, povoado castrejo que define como “o início da humanidade”. A escritora revelou ainda que há um guerreiro medieval feito em pedra, com quem já estabeleceu “relações de amizade”, que vai entrar nesta aventura. Uma peça que remonta à pré-história e que está exposta no Museu Convento dos Loios. Mas há muito mais para desvendar.
Sem revelar com precisão os contornos do enredo do novo livro, Isabel Alçada adianta que o Castelo da Feira e a Viagem Medieval são temas incontornáveis nesta aventura em Santa Maria da Feira, sendo certo que a história inclui um tesouro e inúmeras possibilidades de abordagem, como túneis, poços ou tendas que surgem e desaparecem.
As escritoras, que já trabalharam várias vezes com o historiador José Mattoso, dizem-se aficionadas pela época medieval e reconhecem a importância de ficcionar com o rigor dos factos históricos.
“Dá muito trabalho fazer uma história que se entenda à primeira. Quanto mais simples parece a prosa, mais trabalho deu”, assegura Ana Maria Magalhães. A escritora confirma que “o livro tem um tesouro e ele vai aparecer”, sem desvendar, no entanto, o que é esse tesouro, onde está e como se chega a ele. “Qualquer criança gosta de desvendar um tesouro”, reforça.
Ambas conhecem bem o território feirense e revelam que a vontade de escrever uma aventura inspirada em Santa Maria da Feira “não é uma coisa de agora, mas só agora foi possível”.