Portugal já vive há mais tempo em democracia do que viveu em regime de ditadura. A fronteira foi ultrapassada neste ano de 2023 com a celebração do 49.º aniversário do Dia da Liberdade, conseguido com a revolução dos cravos em 25 de abril de 1974. No próximo completa-se a data simbólica dos 50 anos, e apesar da chegada ao meio século, os autarcas oliveirenses deixaram alertas nas suas mensagens.
Amaro Simões, presidente da Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis, alertou para o facto de a sociedade portuguesa ter de estar particularmente atenta para que não se percam os direitos conquistados. “É um dia de festa, mas também temos de estar atentos porque surgem muitos perigos. Há muitas forças contrárias ao 25 de abril que estão a surgir, e que a sociedade portuguesa não pode deixar de estar preocupada. Temos de estar atentos”, começa por considerar.
“Nós, os que temos ainda história do que vivemos ainda nesse tempo negrom temos de passar esta mensagem para os nossos filhos porque por muitos problemas que haja na vivência da da liberdade, são muito maiores os problemas que aparecem e que surgem se a liberdade for aniquilada”, acrescentar o presidente do órgão deliberativo do concelho de Oliveira de Azeméis.
O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, considera que “muitos dos ideais de abril estão cumpridos, mas outros ainda estão por cumprir, sobretudo ao nível da igualdade da fraternidade que devemos ter uns para com os outros, temos ainda um longo caminho a percorrer”.
E continua: “A grande mensagem que eu posso deixar neste 25 de abril é de que efetivamente temos ainda um Portugal para construir, um Portugal onde todos tenham igualdade de oportunidades, seja ao nível da saúde, seja ao nível da educação, seja ao nível da justiça, seja ao nível da ação social para que nós sejamos uma sociedade onde todos sejamos felizes, e onde todos tenhamos condições para desenvolver as nossas vidas em toda a sua plenitude”.
Carla Rodrigues, líder dos vereadores do PSD no município oliveirense, afirma ser necessário reforçar a democracia no nosso país. “O 25 de Abril aconteceu há 49 anos, para o ano celebramos os seus 50 anos, mas é preciso construir abril todos os dias é preciso reforçar a nossa democracia é preciso reforçar a liberdade dos cidadãos, é preciso respeitar a liberdade de todos, é preciso continuar a construir abril. Ainda bem que abril aconteceu, mas não devemos olhar para Abril como um momento estático na história de Portugal, mas sim como um momento dinâmico em construção. Somos nós os militares agora que devemos construir a liberdade e a democracia todos os dias. porque não devemos dar como bens adquiridos, porque não são”, afirma.