Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024
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Qualify.teca. Open Session dedicada à Ciência, Inovação e Empreendedorismo: “A cooperação entre a Academia e as Empresas é essencial”

> O sucesso de uma organização, seja pública ou privada, passa por um conjunto de boas práticas, debatidas no workshop do passado dia 15 de fevereiro, organizado pela AECOA no âmbito do projeto ‘Qualify.teca’. A cooperação entre a Academia e as Empresas foi outra das ideias-chave da ‘Open Innovation Session’, que integrou a sessão do dia 15 de fevereiro.

Baseado na metodologia McKinsey, António Jorge Pinto apresentou uma série de dicas para uma “boa gestão” nas empresas e nos países. Este consultor e gestor de empresas, um dos convidados para o Workshop Demonstrador Ciência e Inovação, que decorreu em meados de fevereiro, no âmbito do projeto ‘Qualify.teca’, adiantou que, nesse estudo, McKinsey defende que “a monitorização e o controlo de desempenho”, com a “recolha e análise continuada de informação”, é uma das chaves para o sucesso das organizações. E isto, acompanhado de uma concreta “definição de objetivos”, interligados e estimulantes, e dos respetivos prazos. Importante torna-se, também, na visão deste autor, uma gestão cuidada e séria, ao nível dos recursos humanos, “que recompense os melhores desempenhos… e despeça os piores”. De acordo com esta teoria, desta forma as empresas e os países atingirão “maior rentabilidade”, registarão “crescimentos maiores” e uma “produtividade superior”.

Empresas públicas com pior desempenho do que as privadas

Ainda tendo em conta McKinsey, não deixa de ser curioso que organizações públicas “têm as piores práticas de gestão em todos os setores estudados”, são particularmente “fracas nos incentivos” e as próprias promoções são decididas pela “efetividade” e “tempo de serviço”, e não pelo desempenho dos colaboradores. Por outro lado, no setor privado, “as empresas detidas e geridas pelos fundadores ou pelos descendentes, principalmente pelos primogénitos, tendem a ser mal geridas”, ao contrário das que optam por possuir “CEO profissionais externos à família”. Daí que é compreensível que as multinacionais consigam “adotar boas práticas de gestão em quase todos os países onde operam”.

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Estas foram algumas das ideias deixadas nesta sessão, durante o período em que foram expostas e debatidas “as oportunidades para o empreendedorismo de base científica e tecnológica”, a temática que orientou a ‘Open Innovation Session’.

Por seu turno, Carlos Brito, docente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, não deixou de anotar a grande necessidade das empresas e demais organizações terem “uma mentalidade mais aberta”, uma “maior capacidade de iniciativa e abertura ao risco” de forma a encararmos o “empreendedorismo” na verdadeira aceção da palavra. Para isso, este convidado da Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA), organizadora do evento e entidade líder do projeto ‘Qualify.teca’, defende os ecossistemas que englobem diversas instituições, como Universidades, Academia e Centros de Saber e Investigação, etc., em consonância com a realidade/ necessidades das empresas. Um parecer que foi partilhado por outro membro do painel orientado por Vasco Lopes: “Olhar para o mercado e verificar quais são as necessidades e, posteriormente, contatar a Academia para apoiar a colmatá-las é essencial. A questão da cooperação entre a Academia e as empresas é essencial”, concluiu António Henriques, responsável da CH Business Consulting S.A. No fundo uma ideia que vem ao encontro da recém-constituída Rede de Ciência e Inovação (RCI) do ‘Qualify.teca’.

Mais dois membros da RCI apresentados

Neste evento, houve a oportunidade para a apresentação de mais dois elementos da RCI deste projeto que se esforça pela clusterização e agregação da fileira Equipamentos, Serviços e Ingredientes para a Indústria Alimentar’: Instituto Politécnico de Leiria e MORE – Laboratório Colaborativo Montanhas de Investigação pelos seus responsáveis Pedro Assunção e Andrey Romanenko, respetivamente.

Ainda integrados no painel, intervieram os empresários Hélder Silva e Hélder Pinho, que deram a conhecer as suas empresas, respetivamente, Fluidotrónica – Equipamentos Industriais, Lda e Empresa de Transportes Álvaro Figueiredo S.A., aliás, organizações empresariais com sede no concelho de Oliveira de Azeméis já bem conhecidas e que têm acompanhado as principais ‘boas práticas’ ao nível do empreendedorismo e da inovação.

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