Terça-feira, 7 de Maio de 2024
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Literacia em Saúde. Varizes: um problema comum que tem tratamento

> Literacia em saúde, por Diogo Silveira, Cirurgião Vascular na Clínica CUF S. João da Madeira.
Diogo Silveira, Cirurgião Vascular na Clínica CUF S. João da Madeira
Diogo Silveira, Cirurgião Vascular na Clínica CUF S. João da Madeira

As varizes dos membros inferiores são veias dilatadas, tortuosas e inestéticas que frequentemente originam sintomas de desconforto, dor ou edema (inchaço). Quando não tratadas podem evoluir num curso de anos para formas mais graves com alterações da pele, inflamação, pigmentação ou úlceras. Devido à acumulação de sangue dentro da veia, que não é drenado eficazmente, podem surgir de forma inesperada coágulos no seu interior (tromboflebite).

Esta é uma patologia muito frequente na nossa população que afeta não só mulheres mas também homens, pessoas que passam muito tempo em pé/sentadas ou que tem uma vida sedentária. A história familiar é um fator de risco acrescido e normalmente há agravamento no verão devido ao calor. 7 em cada 10 mulheres com mais de 30 anos sofre de diferentes problemas de circulação venosa e a maioria não está adequadamente tratada.

O tratamento eficaz passa por um correto diagnóstico, realizado com ecografia (eco-Doppler), indolor e que idealmente deverá ser feito por um Cirurgião Vascular.

Frequentemente as varizes são causadas por uma dilatação e insuficiência das veias safenas que não é visível aos nossos olhos. Para além de conseguir quantificar essa insuficiência, o eco-Doppler permite a avaliação de outras características que são determinantes para a escolha do método de tratamento mais adequado para cada pessoa. Com as tecnologias atuais pode ser feito com recurso a técnicas minimamente invasivas como a radiofrequência, o laser, a embolização, para além da cirurgia convencional. É com esta abordagem personalizada e seguimento regular por Cirurgia Vascular que se consegue evitar a sua recorrência.

Nem todas as varizes requerem tratamentos cirúrgicos e aquelas que são isoladas e superficiais podem ser tratadas de forma simples, em consultório, com escleroterapia (secagem) ou laser. A prevenção, adoção de um estilo de vida saudável, o uso de meias elásticas e medicação quando indicados, são também pilares no controlo dos sintomas e evolução desta patologia.

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Uma resposta

  1. Trata-se de um texto importante sem ser exaustivo. Há algumas questões que tenho:
    – As meias têm de ser receitadas devido a alguma especificidade ou pode-se comprar numa loja própria?
    – Pessoas com baixo número de plaquetas que tipo de tratamento devem fazer?
    Muito obrigado.

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