Estimados leitores vivemos tempos onde alguns estados de ignorância se sobrepõem à razão e onde a lei do mais forte é imposta e medida pelo poder de causar danos naqueles que nos impedem de atingir os nossos objetivos.
Com perplexidade, percebemos que a imposição das vontades pela força das armas e pela lei do mais forte vai superando a razão e o bom senso. A luta pela justiça está a ser esquecida e, em vez disso, percebemos o rumo que se está a fazer noutra luta, a luta pelos ganhos e pela exploração dos mais fracos e desprotegidos.
Mesmo assim, ainda acredito que chegará o dia em que aqueles que se regem pelo bom senso, e que são movidos pelo bem comum, terão alguma preponderância nos destinos de todos nós. Algum dia, aqueles que representam os povos terão que perceber que lhes é concedido o direito a velar pelo bem-estar dos seus concidadãos, mas sempre sem prejudicar terceiros. A nossa necessidade de bem-estar, bem como tudo o que ambicionamos, não pode ser atingida com prejuízo daqueles que partilham o nosso espaço. As grandes nações praticam jogos de guerra, ostentando o seu poder bélico, num espetáculo de ostentação e completo desrespeito pela vida humana e pelo próprio planeta que habitamos. Por vezes estas provas de ostentação degeneram em conflitos que vão para além da provocação e muitas guerras vão surgindo como demonstração da intolerância em que está a mergulhar a humanidade. Todos sabemos que não existe um verdadeiro vencedor numa guerra, todos perdem, quem poderá cantar vitória com um historial de mortes de inocentes no seu currículo.
Desengane-se quem pensa que tudo voltará ao normal sem que nada seja feito para isso
Ainda recentemente, todos ansiamos para que a Pandemia trouxesse à tona o melhor de cada um de nós, ao invés, percebemos que o ser humano continua numa escalada materialista, regida pelo egoísmo e pela ambição. Desengane-se quem pensa que tudo voltará ao normal sem que nada seja feito para isso, sem que existam tomadas de consciência para mudar o rumo dos acontecimentos. Estamos mais focados no discurso agressivo daqueles que procuram o domínio e o poder, do que no silencio daqueles que percebem, e observam preocupados, o rumo errado que a humanidade está a tomar. O sofrimento atroz que a população da Ucrânia está a passar, é a repetição de vários conflitos do passado, o que demonstra que não estamos a aprender com os erros desse mesmo passado. As populações têm que perceber que tipo de pessoas querem a gerir os seus destinos e com grande assertividade fazer as escolhas nas pessoas certas.
O rumo da humanidade está na mão de todos nós, e é importante que todos percebam que são minorias desajustadas que geram os conflitos no mundo. Compete-nos a todos nós não permitir que estas minorias cheguem a patamares de decisão, estas situações só ocorrem porque a maioria das populações se demite de fazer parte do futuro dos seus países.
Porque a nossa passagem neste mundo é efémera, e porque o melhor que podemos fazer durante essa passagem, é deixar um legado promissor ás futuras gerações, é importante que todos os dias sejamos cidadãos pró-ativos na procura de um mundo melhor.
Despeço-me com amizade.
Uma resposta
Bom dia, Dr. Portela;
O legado que cada um quer deixar, deve ter em atenção também o excesso de emoção, já que o equilíbrio precisa-se em horas em que a economia mundial se apresenta, como se apresenta. Ou seja, se cada um fizer um bocadinho, é bom. Para além de que “ajudar sim, não esquecendo os portugueses”, também eu tenho vindo a dizer.
Cumprimentos, gosto muito de si.
Maria João Marques.