Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025
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Oliveira de Azeméis viu crescer 5% de solo urbano na última década

> Azeméis é o município da AMP com menor aumento de solo urbano nos últimos dez anos, segundo trabalho académico.

A periferia da AMP (Área Metropolitana do Porto registou uma “expansão abrupta” do solo urbano na última década, segundo o trabalho académico Forma urbana e a sustentabilidade: Análise do Crescimento Urbano recente na Área Metropolitana do Porto”, de setembro de 2024, da autoria de Leandro Freitas no mestrado de Riscos, Cidades e Ordenamento do Território da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), que recorre a dados obtidos entre 2010 e 2021, e estabeleceu um modelo para “estudar as tendências de densificação ou expansão” na AMP. O concelho Oliveira de Azeméis foge, contudo, a esta realidade e está no grupo de municípios com aumentos menos substanciais.

Segundo o estudo em questão, Oliveira de Azeméis viu crescer apenas 4,98% de solo urbano, sendo mesmo o território que registar o aumento mais reduzido. Póvoa de Varzim (7,89%) é o segundo município que regista o menor aumento. Em contraponto com os concelhos de Paredes (18,06%), Santa Maria da Feira (20,79%), Santo Tirso (21,3%) e São João da Madeira (13,1%). Valongo (-9%) e Gondomar (-13,27%) foram os únicos municípios que registaram diminuição de solo urbano.

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O estudo agrupou os municípios em cinco grupos, utilizando como indicadores de densificação a densidade populacional, a mobilidade, o parque habitacional, ou a ocupação do solo, subdivididos em vários subtemas, com os municípios do núcleo central da AMP (Porto, Vila Nova de Gaia, Maia e Matosinhos, classificados como grupo A) a registarem uma maior densificação no período em análise.

Oliveira de Azeméis encontra-se, ao lado de Santo Tirso e Vale de Cambra, no grupo E, caracterizado pelo conjunto de municípios com menor variação para densificação urbana. O grupo B de municípios, composto por Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Trofa, Gondomar, Valongo e Espinho, seguido pelo C, apenas composto pelo concelho de Santa Maria da Feira. O grupo D é composto por Paredes, Arouca e São João da Madeira.

“É necessário uma exploração mais profunda sobre as razões do aumento significativo em certos municípios do solo urbano, pois só a partir destes motivos é possível perceber se há uma necessidade efetiva de expansão das cidades, ou apenas descuido político para a contenção das mesmas”, refere Leandro Freitas no seu trabalho académico.

O autor conclui que ainda “existe uma clara discrepância entre o centro da AMP e as áreas contíguas em relação ao restante da área metropolitana”, havendo “problemas mais profundos com a diminuição da acessibilidade habitacional nos municípios centrais, os investimentos em mobilidade a serem pouco eficazes na diminuição da dependência automóvel, assim como a falta de atratividade populacional que atinge de uma forma generalizada a AMP”.

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