O sonho do Comendador Fernando Pinho Teixeira dura há já 50 anos, com a produção de mobiliário escolar e que é, hoje, o maior fabricante ibérico de tubos de aço, com mais de 450 colaboradores.
“Eu tinha uma coisa na altura, que ainda hoje tenho. Tudo o que eu sonhasse fazer, fazia… perfeito. E andei sempre na frente dos outros. Sonhei uma máquina de fazer tubos e passado algum tempo já estava a fazer tubos. Uma máquina inventada por mim. Hoje somos pioneiros”, conta o Comendador Fernando Pinho Teixeira.
No ano em que a Ferpinta comemora meio século de vida, foi anunciado um investimento de 50 milhões de euros numa nova fábrica na Zona Industrial de Loureiro com uma área de 50 mil metros quadrados. O objetivo é a aposta na inovação, no aumento da capacidade de produção e no desenvolvimento de novas soluções, com tecnologias de produção cada vez mais sofisticadas, e que causam uma pegada ambiental cada vez mais reduzida.
Esta é, aliás, uma das grandes preocupações da Ferpinta, que tem vindo a fazer várias mudanças para uma produção mais sustentável, como a substituição de produtos químicos por outros com menor perigosidade com base aquosa, a substituição da iluminação industrial de IM 400W por LED 155W, num total de 264 candeeiros, representando uma poupança energética anual superior a 250000kWh, a utilização do papel reciclado, sendo que esta aposta evitou, em 2021, o equivalente ao abate de cerca de 30 árvores de grande porte ou a instalação de um sistema de recolha de água da chuva para a diminuição do stress hídrico resultante da captação de água subterrânea.
Para fazer um balanço dos 50 anos, a Ferpinta reuniu stakeholders com o objetivo de apresentar as novidades da empresa, de partilhar a sua visão do futuro e de apresentar soluções inovadoras que vêm acrescentar valor e capacidade de produção e de oferta comercial aos seus clientes. A aposta é, agora, nos próximos 50 anos, pelas mãos desta família, nesta área que ainda tem muito por onde crescer, com uma estimativa de duplicação do uso do aço até 2050, segundo dados apresentados pelo Prof. Luís Simões da Silva, da Universidade de Coimbra, nesta reunião.