Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024
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Documentário São Luís. “Os critérios subjacentes à atribuição dos apoios ficaram por esclarecer”

> Continua a polémica em torno da polémica sobre a falta de financiamento para o documentário dos festejos em honra de São Luís, do lugar de Figueiredo, Pinheiro da Bemposta.

Na sequência das respostas dadas pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis aos vereadores do PSD que levaram o assunto da falta de financiamento do documentário dos festejos em honra de São Luís, do lugar de Figueiredo, Pinheiro da Bemposta, o grupo de cineastas liderado por Adalberto Pinto enviou uma carta aberta ao presidente de Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, onde sublinhavam logo no início da missiva a falta de esclarecimento sobre os critérios subjacentes aos apoios culturais. Ainda na mesma carta, o grupo refere que ao longo de todo o processo “mais nada fez do que defender o interesse da população local”.  

“Os critérios subjacentes à atribuição dos apoios ficaram por esclarecer. Todavia, se bem entendemos, afirmou que será a Câmara Municipal, com os seus meios, a documentar a festa de S. Luís. (…)  Assinalamos, por isso, que estamos em sintonia total e aproveitamos, aliás, para o parabenizar pela sua decisão. Peca por tardia, é certo. Se tivesse anunciado as suas intenções algures durante os últimos 9 meses, período durante o qual se recusou a financiar o nosso projeto em três momentos distintos, teria poupado algum trabalho a todos os envolvidos. Ainda assim, reconhecemos virtude no facto de ter compreendido a relevância e necessidade, que há muito apregoávamos, de se documentar a Festa de S. Luís”, pode ler-se no início da missiva.

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E continua: “Lamentamos, porém, que a ação política do executivo tenha surgido, unicamente, quando foi visada a reputação de vossa excelência na comunicação social. Até outubro, todas as ações públicas de comunicação referiam, somente, a relevância e o interesse público do projeto. E, infelizmente, essas nunca mereceram nenhum tipo de comentário ou motivaram qualquer tipo de iniciativa por parte de vossa excelência”.

“ Nada mais fizemos do que defender o interesse da população local”

O grupo de cineastas lamenta “o tom condescendente” como o edil oliveirense se referiu ao grupo de cineasta quando estes, defendem, “nada mais fizemos do que defender o interesse da população local”, vincando que  “prova-o a atitude da Câmara: pois acaba por se propor a fazer exatamente aquilo que defendemos ser necessário: a realização de um documentário”

Negam que alguma vez tenham “faltado ao respeito a alguém”. Pelo contrário, evidenciam, “a única falta de respeito para com a instituição que é a democracia – para com os cidadãos e para com os fundadores da democracia portuguesa – seria aceitarmos o primeiro “não” como resposta”

A finalizar a missiva, o grupo lamenta todas as manifestações culturais oliveirenses que vão ficar na sombra do esquecimento. “O documentário sobre o S. Luís não existiria se este grupo de jovens idealistas não tivesse “oferecido” a ideia ao executivo. Não há como negar isso. E quantos ‘S. Luís’ não existem em Oliveira de Azeméis? O que vai a câmara fazer sobre esses quando não há ninguém a pressionar? Lamentamos por tudo isto”.

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