O compositor oliveirense José Brandão, nascido no ano 2000, foi galardoado com o Prémio MUSA 2024. O anúncio foi feito pelo MPMP Património Musical Vivo, entidade responsável por esta distinção. O júri convidado, Nuno da Rocha, Daniel Moreira e Sara Ross, decidiu dar o primeiro prémio à obra “Foi isto que quisemos?” de José Brandão e menção honrosa à Canção dos despedidos de Miguel Jesus.
A edição de 2024 do Prémio MUSA prestou homenagem a José Mário Branco, determinando que as obras concorrentes fossem compostas para voz solista, acompanhada por uma seleção de instrumentos especificados no regulamento. O Prémio MUSA é uma iniciativa do MPMP Património Musical Vivo, com apoio do Ministério da Cultura / Direcção-geral das Artes, foi criado com o intuito de distinguir a excelência musical na composição contemporânea de tradição erudita ocidental e de, nesse contexto, promover a língua portuguesa como veículo expressivo.
É mais um talento oliveirense a dar cartas na área da cultura. José Brandão Estuda composição no KASK & Conservatorium de Gent, sob a orientação de Jesse Broekman e Joris Blanckaert. Concluiu a licenciatura na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Porto) com Rui Penha, Dimitris Andrikopoulos e Carlos Azevedo.
Tem particular interesse na música enquanto ato ritualístico. Obteve também o primeiro prémio no Sayat Nova International Composition Competition de 2020, com a sua peça “Weep, Weep My Muse”, e no concurso de composição FOLEFEST – 2020, com a peça “Uma Última Reflexão”. Conquistou o segundo prémio no concurso de composição SPA/Antena 2, com a peça “Ritual”, e foi finalista no concurso de composição da Banda Sinfónica Portuguesa (BSP) – 2020, com a peça “Eclipse da Auto-Degradação”. O seu trabalho foi apresentado em locais como o Carnegie Hall, Greenwich House Music School, Casa da Música, Concertgebouw Bruges, Miry Concertzaal, entre muitos outros.
Com a conquista do Prémio MUSA 2024, o compositor oliveirense arrecadou um prémio pecuniário no valor de 1500 euros; a associação ao MPMP enquanto Compositor Residente na temporada 2025, materializada numa encomenda, no valor de 1500 euros , de uma ou mais obras novas; e gravação e integração da obra premiada em álbum digital.
