A candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, protagonizada por Joaquim Jorge, e à Assembleia Municipal, com Amaro Simões como cabeça da lista, venceram com maioria em todas as freguesias do concelho com a exceção de Loureiro, onde a coligação Aliança Democrática (PSD/CDS) venceu com margem confortável na candidatura autarquia oliveirense (47,34%) bem como ao órgão deliberativo (48,82%). Trata-se de um novo cartão vermelho da freguesia de Loureiro ao executivo quando comparado com o resultado de 2017.
Nas eleições autárquicas de 2017, a candidatura socialista à câmara municipal liderada por Joaquim Jorge, e que tinha o loureirense Rui Luzes Cabral como número dois, venceu em Loureiro por maioria absoluta (51,69%). A candidatura de Helena Santos à Assembleia Municipal também saiu vencedora (47,03%).
Quatro anos depois, nas eleições autárquicas de 2021, o PS foi a segunda força política mais votada, mas com resultado próximo do partido vencedor, a AD, na candidatura à câmara municipal (42,53%).
Em 2025, o PS voltou a ser a segunda força política mais votada, com um resultado ainda mais distante da Aliança Democrática. Nestas eleições a candidatura protagonizada por Joaquim Jorge, e que continua a ter o loureirense Rui Luzes Cabral como número dois, desceu à fasquia dos 30% dos votos (a AD obteve 47%), e a votação na candidatura socialista à Assembleia Municipal foi ainda mais baixa – obteve 26,73% (a AD conseguiu 48,82%).
Sinal a Joaquim Jorge
Estes resultados são entendidos por grande parte da comunidade loureirense como um sinal claro ao presidente da autarquia, Joaquim Jorge. A opinião é partilhada por cidadãos de vários quadrantes políticos.
Albino Martins, membro do movimento associativo na freguesia de Loureiro, e ex-vereador da autarquia oliveirense, nos mandatos liderados por Ápio Assunção (PSD), afirma que a falta de investimento na freguesia de Loureiro foi o principal facto que levaram os loureirenses a castigarem o executivo socialista na urna de voto. “Pessoalmente julgo tratar-se de um sinal a que Joaquim Jorge e os seus pares terão de prestar atenção. Vejamos: Loureiro é uma terra em grande crescimento e transformação de sociedade tradicional para gente com outros modos de vida e onde as pessoas começam a ficar mais reivindicativas. Com a concentração crescente de habitações, nomeadamente em prédios, as necessidades ao nível de infraestruturas – água, saneamento, recolha de lixo, salubridade e limpeza – são diferentes de há anos em que havia só habitação unifamiliar”, começa por afirmar em texto partilhado nas redes sociais.
“Acresce que este último mandato autárquico não foi pródigo em investimentos em Loureiro… Há muitas queixas pelas obras arrastadas na Escola de Alumieira, há mais do que muitas pelo protelar de um acesso condigno à zona industrial (AAE Ul/Loureiro), há muitas estradas degradadas e por aí adiante. Por isso o sinal de que falo”, conclui.


